18 de novembro de 2006

XXXIII Tempo Comum



Seguindo o estilo das narrativas apocalípticas, o Evangelho deste domingo utiliza imagens fortes: "o sol vai ficar escuro, a luz não brilhará mais, as estrelas começarão a cair do céu, e os poderes do espaço ficarão abalados". Em meio a todos esses sinais, vai-se manifestar o poder e a majestade de Deus pela manifestação gloriosa do Filho do Homem. "Ele enviará os anjos aos quatro cantos da terra e reunirá as pessoas que Deus escolheu". É a hora do julgamento dos que se opuseram ao projeto de Deus e da salvação de todos quantos resistiram permanecendo fiéis. O Evangelho traz duas sentenças solenes. A primeira refere-se à lógica da figueira, a partir da qual Marcos ressalta que, diante dos factos e das perseguições, os cristãos devem discernir e esperar confiantes a acção de Deus. É um aviso de que, dos escombros das estruturas do velho mundo, brotarão um novo céu e uma nova terra. A segunda sentença evoca o desconhecimento "quanto ao dia e a hora em que estas coisas acontecerão". "Só o Pai, e mais ninguém, sabe o dia e a hora em que o Reino de Deus atingirá o seu pleno cumprimento".
Tudo passará. Permanecerá aquilo que a escuta da Palavra concretizou: a vivência do amor, os gestos de caridade solidária, a promoção da justiça e da paz. No presente e para que a convivência social não se transforme em um "fim de mundo", a mensagem de Jesus ressuscitado impulsiona os seus seguidores a empenhar-se em acções solidárias que alimentem a confiança de que "um mundo melhor é possível".

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