16 de fevereiro de 2018

Tempo da Quaresma




AS LEITURAS BÍBLICAS DA QUARESMA.
  • Missas dominicais.

As leituras dominicais de Quaresma têm uma organização unitária, que terá que ter presente na pregação.
As leituras do Antigo Testamento seguem sua própria linha, que não tem uma relação direta com os evangelhos, como o resto do ano. Uma linha importante para compreender a História da Salvação.
Os Evangelhos seguem também uma temática organizada e própria.
E as leituras que se fazem em segundo lugar, as apostólicasestão pensadas como complementares das anteriores.
A. A primeira leitura tem neste tempo de Quaresma uma intenção clara: apresentar os grandes temas da História da Salvação, para preparar o grande acontecimento da Páscoa do Senhor:
- A criação e origem do mundo (primeiro domingo).
- Abraão, pai dos fiéis (segundo domingo).
- O Êxodo e Moisés (terceiro domingo).
- A história de Israel, centrada sobre tudo em Davi (quarto domingo).
- Os profetas e sua mensagem (quinto domingo).
- O Servo de Yahvé (domingo de Ramos).
Estas etapas se proclamam de modo mais direto no Ciclo A, em seus momentos culminantes.
No Ciclo B se centram sobre tudo no tema da Aliança (com o Noé, com o Abraão, com Israel, o exílio, o novo louvor anunciado por Jeremias).
No Ciclo C, as mesmas etapas se vêem mas bem do prisma do culto (oferendas de primícias, celebração da Páscoa, etc.).
No sexto domingo, ou domingo de Ramos na Paixão do Senhor, invariavelmente se proclama o canto do Servo de Yahvé, por Isaías.
Estas etapas representam uma volta à fonte: a história das atuações salvíficas de Deus, que preparam o acontecimento central: o mistério Pascal do Senhor Jesus. Na pregação terá que levar em conta esta progressão, para não perder de vista o caminho para a Páscoa.
B. A leitura Evangélica tem também sua coerência independente ao longo das seis semanas:
- primeiro domingo: o tema das tentações de Jesus no deserto, lidas em cada ciclo segundo seu evangelista; o tema dos quarenta dias, o tema do combate espiritual.
- segundo domingo: a Transfiguração, lida também em cada ciclo segundo o próprio evangelista; de novo o tema dos quarenta dias (Moisés, Elias, Cristo) e a preparação pascal; a luta e a tentação levam a vida.
- terceiro domingo, quarto e quinto: apresentação dos temas catequéticos da iniciação cristã: a água, a luz, a vida.
No Ciclo A: os grandes temas batismais de São João: a samaritana (água), o cego (luz), Lázaro (vida).
No Ciclo B: tema paralelos, também de São João: o Templo, a serpente e Jesus Servo.
No Ciclo C: temas de conversão e misericórdia: iniciação a outro Sacramento quaresmal-pascal: a Penitência.
Sexto domingoa Paixão de Jesus, cada ano segundo seu evangelista (reservando a Paixão de São João para a Sexta-feira Santa).
O pregador deve levar em conta esta unidade e ajudar a que a comunidade vá desentranhando os diversos aspectos de sua marcha para a Páscoa, não ficando, por exemplo no tema da tentação ou da penitência, mas sim entrando também aos temas batismais: Cristo e sua Páscoa são para nós a chave da água viva, da luz verdadeira e da nova vida.

C. A segunda leitura está pensada como complemento dos grandes temas da História da Salvação e da preparação evangélica à Páscoa. Temas espirituais, relativos ao processo de fé e conversão e a concretização moral dos temas quaresmais: a fé, a esperança, o amor, a vida espiritual, filhos da luz, etc.
  • Missas feriais.

Este grupo de leituras tem grande influencia na vida espiritual daqueles cristãos que acostumam a participar ativamente na eucaristia diária. É bom assinalar que o lecionário ferial de Quaresma foi construindo-se ao longo de vários séculos e antes da reforma conciliar sempre foi o mais rico de todo o ano litúrgico. A reforma litúrgica o respeitou por sua antiga tradição e riqueza. Ao haver-se construído com os séculos, sua temática é bastante variada e muito longínqua, portanto, pelo que é uma leitura contínua ou um plano concebido de conjunto, que são as formas às que nos tem acostumados os lecionários  saídos da reforma conciliar.
O atual lecionário ferial da missa divide a Quaresma em duas partes: por um lado, temos os dias que vão desde Quarta-feira de Cinzas até  sábado da III semana; e por outro, as feiras que discorrem desde segunda-feira de IV semana até o começo do Tríduo Pascal.
(conf.acidigital)Tempo da Quarema

2 de fevereiro de 2018

Nossa Senhora das Candeias

O Dia de Nossa Senhora das Candeias comemora-se a 2 de fevereiro.
Nossa Senhora da Luz, Nossa Senhora da Candelária, Nossa Senhora da Apresentação ou Nossa Senhora da Purificação são outros nomes atribuídos à Santa Maria celebrada neste dia.

História de Nossa Senhora da Luz

A data celebra-se a 2 de fevereiro no dia da Apresentação do Senhor ao Templo, quarenta dias após o seu nascimento. Este foi também o dia de purificação de Nossa Senhora. Segundo a lei de Moisés, após darem à luz, as mulheres ficavam impuras, devendo visitar o templo de Jerusalém somente quarenta dias após o parto. Nesse dia se deviam apresentar perante o sacerdote e realizar um sacrifício para se purificarem.
Foi com base na apresentação do Menino Jesus pela Virgem Maria e por São José diante de Simeão que nasceu a celebração do Dia de Nossa Senhora das Candeias. Jesus seria a luz que iluminaria o mundo. As festas do dia começaram a ser celebradas com uma procissão de velas no século X, a recordar esse aspeto.

Devoção à Senhora das Candeias

Nossa Senhora das Candeias é a santa padroeira das Ilhas Canárias, sob o nome de Nossa Senhora da Candelária. Ela terá aparecido em 1400 numa praia na ilha de Tenerife, nas Ilhas Canárias, em Espanha. Em Portugal, onde se realizam muitas procissões em sua honra, a santa é o orago de dezenas de freguesias com o nome de Nossa Senhora da Luz, Nossa Senhora das Candeias ou Nossa Senhora da Purificação.
A santa começou a ser especialmente venerada em Portugal no século XV. Quando se descobriu uma imagem da Mãe de Deus entre uma estranha luz, no sítio de Carnide, em Lisboa, se fundou ali um convento e uma igreja dedicada à santa. Com a expansão marítima de Portugal, o culto da santa foi espalhado pelo mundo, com especial relevo no Brasil.

Crença popular

Várias tradições populares estão ligadas à santa, tradicionalmente invocada pelos cegos. Uma crença popular está relacionada com o estado do tempo: se a Nossa Senhora das Candeias estiver a rir, está o Inverno para vir, se estiver a chorar, está o Inverno a passar. Ou seja, se o tempo estiver de sol no Dia da Senhora das Candeias, o inverno está a chegar, mas se chover nesse dia, o inverno está a acabar.
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Apresentação do Senhor no Templo


A Apresentação do Senhor no Templo celebra-se a 2 de fevereiro.
Esta festividade religiosa recorda o momento em que Maria e José levam o Menino Jesus ao Templo, entregando-o ao seu Pai e ao seu povo, e celebra o início do mistério salvífico, uma vez que a Apresentação de Jesus no Templo marca o começo do mistério do sofrimento redentor do Senhor, que culminará décadas mais tarde no Calvário. Com este sacrifício realizado pela sua família, Jesus é introduzido no seu povo e assume a sua humanidade.
Esta festa remonta ao século IV em Jerusalém. Era celebrada com o nome de festa do encontro (Hypapante, em grego), quarenta dias da festa da epifania, a 14 de fevereiro. No século VI, a festa alargou-se até à Constantinopla e, no século VII, chegou a Roma e ao Ocidente.
Em Roma, a festa compreendia uma procissão até à Basílica de S. Maria Maior. Já no século X, começaram-se a benzer velas para usar na procissão, um gesto que sobreviveu até aos dias de hoje. Esta festa tinha o nome de Purificação da Bem-aventurada Virgem Maria mas com a revisão do calendário romano, em 1969, o nome da festa foi mudado para “A Apresentação do Senhor”.
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