27 de fevereiro de 2007

Sonhando um decálogo para a Catequese



Uma catequese que:


1. acolha a pessoa como única, e amada por Deus;

2. privilegie atitudes de serviços, diálogo, testemunho e anúncio;

3. tenha seu chão na vida da comunidade que é conteúdo, lugar e meta;

4. seja mergulhada na cultura do povo, entendendo sua linguagem, símbolos, forma de viver, pensar e celebrar;

5. seja fiel ao Projecto de Deus, acolhendo os necessitados, para que conquistem a plena cidadania;

6. assuma o método de Jesus, que vivendo com discípulos, acolheu as situações humanas e as iluminou com a vontade do Pai;

7. incentive os (as) catequistas a aprender a ser, conviver, saber e saber fazer para que sejam testemunho de fé;

8. proponha uma espiritualidade do seguimento, na intimidade com a Palavra e para aprender a ler na realidade humana os recados de Deus;

9. promova uma autêntica comunicação da fé, envolvendo desde a comunicação interpessoal até os meios modernos para anunciar os valores do Evangelho;

10. assuma o ministério da Palavra fazendo ressoar no mundo Jesus Cristo, sua vida, seu projecto e seu ensinamento.

24 de fevereiro de 2007

O Deserto


O deserto que a quaresma recorda é um convite para todos os que crêem, para todos os que buscam a verdade absoluta, Deus.

Há uma exortação feita por Santo Anselmo de Aosta para celebrar com proveito a quaresma: “Pobre mortal, foge por breve tempo das tuas ocupações, deixa um pouco os teus pensamentos tumultuados. Deixa para traz, graves preocupações e põe de lado as tuas fadigosas actividades. Sê, um pouco, atento a Deus e nele repousa. Entra no íntimo da tua alma. Exclui tudo, menos Deus e aquele que te ajuda a procurá-lo. Fecha a porta e diz a Deus: Procuro o teu rosto. O teu rosto eu procuro, Senhor.”

Deserto tornou-se o modo de viver a quaresma: fazer um pouco de vazio e de silêncio em torno de nós, reencontrar o caminho do nosso coração, subtrair-nos ao barulho e às solicitudes externas, para entrar em contacto com as profundezas do nosso ser. Estamos intoxicados por excesso de rumores e luzes de vídeos, gravações e cartazes. Tornamo-nos insensíveis e sem capacidade de reflexão.
Vivemos de ficções, do irreal.

21 de fevereiro de 2007

Quarta-feira de Cinzas

A Quaresma é o tempo litúrgico de conversão, que a Igreja marca para nos preparar para a grande festa da Páscoa. É tempo para nos arrependermos dos nossos pecados e de mudar algo de nós para sermos melhores e podermos viver mais próximos de Cristo.

Dá-se início à Quaresma na Quarta-feira de Cinzas.Na Igreja primitiva, variava a duração da Quaresma, mas eventualmente começava seis semanas (42 dias) antes da Páscoa.
Isto só dava por resultado 36 dias de jejum (já que se excluem os domingos). No século VII foram acrescentados quatro dias antes do primeiro domingo da Quaresma estabelecendo os quarenta dias de jejum, para simbolizar o jejum de Cristo no deserto.
Era prática comum em Roma que os penitentes começassem sua penitência pública no primeiro dia de Quaresma. Eles eram salpicados de cinzas, vestidos com sisal e obrigados a manterem-se longe até que se reconciliassem com a Igreja na Quinta-feira Santa ou a Quinta-feira antes da Páscoa. Quando estas práticas caíram em desuso (do século VIII ao X) o início da tempo penitencial da Quaresma foi simbolizada colocando cinzas nas cabeças de toda a congregação.
Hoje em dia na Igreja, na Quarta-feira de Cinzas, o cristão recebe uma cruz na fronte com as cinzas obtidas da queima das palmas usadas no Domingo de Ramos do ano anterior.

Com a imposição das cinzas, se inicia uma estação espiritual particularmente relevante para todo cristão que quer preparar-se dignamente para viver o Mistério Pascal, a Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor Jesus.
Este tempo forte do Ano litúrgico caracteriza-se pela mensagem bíblica que pode ser resumida numa palavra: " metanóia", que quer dizer "Conversão", ”Mudança”. Este convite de mudança é feito ao cristão através do rito da imposição das cinzas, o qual, com as palavras "Convertei-vos e acreditai no Evangelho" e com a expressão "Lembra-te de que és pó e para o pó voltarás", convida a todos a reflectir sobre o dever da conversão, lembrando-nos a fragilidade da vida humana, sujeita à morte.
A conversão não é, nada mais que um voltar para Deus, valorizando as realidades terrenas sob a luz de Sua verdade. Uma valorização que implica uma consciência do nosso itinerário sobre a terra, e que nos impulsiona e estimula a trabalhar, a fim de que o Reino de Deus se instaure dentro de nós e triunfe em sua justiça.

Novo Tempo



"Quando deres esmolas,
que tua mão esquerda não saiba o que faz a direita"

Iniciamos hoje um novo tempo litúrgico,
o tempo da Quaresma onde Deus vem ao nosso encontro
com sua misericórdia.

É um tempo oportuno para nos convertermos,
para mudarmos de vida.

É tempo de reflexão,
de parar e pensar na nossa caminhada com Deus
e verificar onde precisamos de mudança, de conversão.
É tempo de penitência
e de nos voltarmos inteiramente para Deus.
O Senhor espera-nos de braços abertos!

19 de fevereiro de 2007

Tempo de Quaresma


Estamos a dois dias de dar início ao Tempo de Quaresma.

A Quaresma, como sabemos é um período de 40 dias ( do Latim II “quadragésima dies" ).

Não como algumas pessoas pensam, um período de tristeza, ...mas sim um tempo de alegria!
Todo o tempo da Quaresma é iluminado pela Luz que nos vem da Páscoa, do Ressuscitado.

É, por conseguinte, um período especialmente rico e significativo para a Vida da Igreja. Como é dito pelo primeiro Prefácio Quaresmal, todos os anos, Deus concede aos cristãos "a graça de se prepararem para a Celebração das Festas Pascais!"

É pois um tempo forte. Um tempo de "Caminhada ".

O Povo de Deus caminhou 40 anos pelo deserto até chegar à terra prometida. Mas, nessa caminhada nunca deixou de sentir o seu Deus, o Deus que os Amava e que com eles tinha feito uma Aliança.

Neste tempo da Quaresma, também nós (novo Povo de Deus), estamos em caminhada em direcção à Páscoa.

E precisamos de Sinais para caminhar...

13 de fevereiro de 2007

Amai os vossos inimigos


O Evangelho do próximo Domingo (18 de Fevereiro) vem logo a seguir ao do Domingo passado. S.Lucas continua a dar-nos a conhecer os ensinamento de Jesus. Se as Bem Aventuranças são o programa de vida para todo o cristão, o essencial do Evangelho do próximo Domingo está sublinhado no capítulo 6, versículos 27 e 28« Amai a vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam; Bendizei os que vos maldizem, e orai pelos que vos caluniam». Aqui é-nos apresentada uma grande exigência e a forma prática para viver de acordo com as Bem Aventuranças e assim sermos felizes.
Jesus quer fazer dos seus discípulos pessoas felizes. E há muitas maneiras de conceber a felicidade. Para muitos, ela está associada à ideia de posse; é feliz aquele que possui o que deseja. Outros pretenderiam reduzir a felicidade a contentarmo-nos com o que temos, a ver as coisas pelo lado melhor. Mas tal não é o ponto de vista das Bem-aventuranças.
A felicidade de que falam as Bem-aventuranças não exclui as contrariedades e o sofrimento, a tolerância e o perdão, o amor e a oração.


«Sede, pois, misericordiosos, como também vosso Pai é misericordioso.»

10 de fevereiro de 2007

Bem-Aventuranças III



Uma outra diferença é a do número: Mt tem 9 e Lctem 4 (mas este acompanha-as com o respectivo reverso, quatro sentenças que dão uma versão invertida das Bem-aventuranças: Ai de vós…).
Mas, mais importante, é a diferença no que respeita ao conteúdo: o motivo da felicidade não parece ser o mesmo para Mt e para Lc.
Lucas tem em vista as situações penosas (Felizes os pobres…Felizes vós, que tendes fome…) ao passo que Mateus considera as disposições espirituais (Felizes os pobres em espírito…Felizes os que têm sede de justiça…). Estas duas séries de Bem-aventuranças situam-se em dois planos diferentes; elas não falam da mesma coisa. Tais divergências não nos devem surpreender. Os evangelistas não se propõem a transmitir relatórios neutros e estritamente objectivos daquilo que Jesus disse. Eles propõem um testemunho «comprometido»: tentam fazer compreender aos seus leitores cristãos aquilo que no seu entender significam as palavras de Jesus para os cristãos que vivem cinquenta anos mais tarde.
As palavras de Jesus não são peças de museu para contemplar diante de uma vitrina. São uma mensagem de vida, feitas para serem vividas, para dar vida, e só são compreendidas no seu verdadeiro sentido por aqueles que as vivem.

9 de fevereiro de 2007

Bem-Aventuranças II



Jesus pregou, é um facto. Fez longos discursos como os que os evangelhos reproduzem? É possível. Seja como for, estes discursos são na sua maioria, o fruto do trabalho das comunidades que reuniram as palavras de Jesus para delas fazerem catequese. Eles eram assíduos ao ensino dos apóstolos, escreve S. Lucas (Act.2,42).

O caso mais claro é o do Sermão da Montanha de Mateus (Mt.5-7) a que corresponde o Discurso na planície de Lucas (Lc.6,17-49).
E é nestes dois textos de Mateus e Lucas que nos são transmitidas as Bem-aventuranças.
Nota-se entre eles um certo número de coincidências. Usam a mesma palavra “Felizes”. Estão de acordo em colocá-las à cabeça de uma espécie de discurso programático, que Jesus prenuncia no início do seu ministério, um pouco mais cedo em Mateus do que em Lucas. Em ambos se observa igualmente uma diferença muito nítida entre as primeiras Bem-aventuranças e a última, tanto no que se refere ao tom geral, como se refere ao estilo; as primeiras são breves e ritmadas, ao passo que a última se desenvolve com uma certa amplidão.
Mas também nos deparamos com divergências. Estas dizem respeito ao discurso. Em Mateus, elas formam o início do longo discurso de três capítulos (Mt.5-7), a que se chama “Sermão da Montanha”.

Em Lucas trata-se de um “discurso na planície”, muito mais curto (Lc.6,20-47). Mas as perspectivas de um e de outro são também diferentes. O discurso de Lucas está quase exclusivamente centrado no amor do próximo. Mateus por seu turno interessa-se sobretudo pelo modo como as exigências do Evangelho constituem uma ultrapassagem das exigências da Lei judaica, tal como esta era interpretada no século I.

8 de fevereiro de 2007

Bem-Aventuranças I

O Evangelho do próximo Domingo fala-nos sobre as bem-aventuranças. Lucas apresenta Jesus falando aos seus discípulos e para uma grande multidão, numa planície.
Interessante notar que Lucas diz que Jesus está numa planície, enquanto Mateus, em seu Evangelho, capítulo 5, versículos de 1 à 12, apresenta Jesus proclamando as bem-aventuranças do alto de uma colina.
Para melhor entender a diferença entre as Bem Aventuranças de Mateus e de Lucas, será necessário conhecer, um pouco melhor, para que comunidades falavam os Evangelistas.

A Comunidade de Mateus
Parece composta sobretudo de cristãos provenientes do judaísmo. Eles conhecem bem as Escrituras: são mais de 130 as passagens em que Mateus se refere ao Antigo Testamento. A Lei continua a ser para eles regra de vida: “Não vim para revogar A Lei, mas completá-la” (Mt.5,17).

A comunidade de Lucas
Não sabemos ao certo para que comunidade concreta escreveu Lucas, mas podemos facilmente imaginar o tipo de Igreja onde a sua mensagem se formou: comunidades nascidas em território pagão, como as de Antioquia e Filipos. Estes cristãos são antigos pagãos, sabem que é por graça e não por nascimento que são recebidos na aliança de Deus com Israel. Eles fizeram a experiência do Espírito Santo; as suas igrejas nasceram fora do círculo de Jerusalém. Sabem que a fé em Jesus Cristo os fez entrar numa tradição: a dos apóstolos, mas sabem também que nela vivem na liberdade do Espírito.
Diferentemente das comunidades de Mateus, as de Lucas vivem com naturalidade o universalismo.

6 de fevereiro de 2007

I Carta aos Coríntios



Nestes primeiros domingos do Tempo Comum, desde o Baptismo do Senhor até ao I Domingo da Quaresma, a 2ª Leitura centra-se na Primeira Epistola de S.Paulo aos Coríntios, capítulos 12, 13 e 15.

Esta carta baseia-se em 2 temas fundamentais: Um, Jesus Cristo, a sabedoria de Deus, Jesus Cristo é a Palavra definitiva de Deus; outro, a liberdade, o amor cristão, como os fundamentos da vida cristã e a divisão.

Esta epístola, caracteristicamente, uma epístola de repreensão. A doutrina nela contida é de repreensão e correcção. (1Cor.15,12) - É intensamente prática, (até o capítulo da ressurreição é usado, ali, como incentivo ao serviço) reprovando e corrigindo abusos da vida social e eclesiástica do povo; e, posto que, foi primeiramente aplicada aos crentes de Corinto, os princípios, ali expostos, a fazem apropriada e aplicável ao povo de Deus, em todos os tempos.

Os capítulos 12-14 da primeira Carta de Paulo aos Coríntios constituem uma secção consagrada ao bom uso dos “carismas”. “Carisma” é uma palavra tipicamente paulina (aparece 14 vezes nas cartas de Paulo e só uma vez no resto do Novo Testamento) que, num sentido amplo, designa qualquer graça (“kharis”) ou dom concedido por Deus, independentemente do posto que a pessoa ocupa dentro da hierarquia eclesial. O testemunho dos escritos neo-testamentários é que as primeiras comunidades cristãs conheciam de forma especial estes dons do Espírito.
Isso também acontecia, segundo parece, em Corinto.Apesar de se destinarem ao bem da comunidade, os “carismas” podiam ser mal usados. Por um lado, podiam conduzir a uma espécie de divinização do indivíduo que os possuía colocando-o, com frequência, em confronto com a comunidade; por outro lado, nem todos possuíam carismas extraordinários e era fácil, neste contexto, serem considerados “cristãos de segunda”.
Depreende-se ainda deste texto que haveria alguma discussão acerca da importância de cada “carisma” e, portanto, da posição que cada um destes “carismáticos” devia ocupar na hierarquia comunitária.Ora, a comunidade de Corinto estava preocupada com esta questão. Estamos diante de uma comunidade com graves problemas de conflitos e de desarmonias onde, facilmente, as experiências “carismáticas” eram sobrevalorizadas em benefício próprio. Criavam, pois, com frequência, individualismo e divisão no seio da comunidade.É a este problema que Paulo procura responder.
Paulo enumera diferentes tipos de “carismas”; no entanto, deixa bem claro que, apesar da diversidade, todos eles se reportam ao mesmo Deus, ao mesmo Senhor e ao mesmo Espírito.Cada um dos crentes possui o Espírito e, portanto, de diverso modo e medida, recebe “carismas”. O que é fundamental é que esses “carismas” não sejam usados de forma egoísta, mas estejam sempre ao serviço do bem comum.Não faz qualquer sentido, pois, discutir qual é o “carisma” mais importante. Também não faz sentido que os possuidores de “carismas” se considerem “iluminados” e se confrontem com o resto da comunidade. Faz ainda menos sentido considerar que há cristãos de primeira e cristãos de segunda…
É o mesmo Deus uno e trino que a todos une; a comunidade tem de ser o espelho dessa comunidade divina, da comunidade trinitária.

3 de fevereiro de 2007

V Domingo do Tempo Comum

«Pescadores de homens»

A liturgia deste domingo leva-nos a reflectir sobre a nossa vocação: somos todos chamados por Deus e d’Ele recebemos uma missão para o mundo.Na primeira leitura, encontramos a descrição do chamamento de um profeta – Isaías. De uma forma simples e questionadora, apresenta-se o modelo de um homem que é sensível aos apelos de Deus e que tem a coragem de aceitar ser enviado.No Evangelho, Lucas apresenta um grupo de discípulos que partilharam a barca com Jesus, que acolheram as propostas de Jesus, que souberam reconhecê-l’O como seu “Senhor”, que aceitaram o convite para ser “pescadores de homens” e que deixaram tudo para seguir Jesus… Neste quadro, reconhecemos o caminho que os cristãos são chamados a percorrer.A segunda leitura propõe-nos reflectir sobre a ressurreição: trata-se de uma realidade que deve dar forma à vida do discípulo e levá-lo a enfrentar sem medo as forças da injustiça e da morte. Com a sua acção libertadora – que continua a acção de Jesus e que renova os homens e o mundo – o discípulo sabe que está a dar testemunho da ressurreição de Cristo.

2 de fevereiro de 2007

Apresentação do Senhor no Templo


Quarenta dias após o nascimento, completados os dias da purificação de Maria, conforme prescrito nas Leis de Israel, o Menino Jesus foi apresentado no Templo para ser consagrado ao Senhor, manifestando a abertura de seu coração à vontade de Deus e à cultura do seu povo. A apresentação do Primogénito equivale a um acto de consagração ao Senhor acompanhado da oferta sacrificial de um par de rolas ou de pombinhos, a oferenda dos pobres.
"Maria, a Virgem Mãe, a primeira a ser verdadeiramente o Templo Santíssimo de Deus vivo, aquela que é toda pura e toda santa, sem necessidade cumpriu o ritual da purificação, levou o Primogénito de Deus ao templo para realizar o que foi prometido a Simeão".
A Festa da Purificação e da Apresentação do Senhor no Templo é também conhecida como a "Festa da Candelária", devido à bênção das velas que é realizada neste dia. Este rito das velas tem origem nas palavras de Simeão referindo-se ao Menino, "Luz que brilhará sobre todas as nações, e glória do teu povo, Israel".
A Festa da Apresentação também recebe o nome de "Festa do Encontro" ou "Hypapántê" sublinhando o encontro do velho Simeão com Jesus. É a humanidade que se reconcilia com a Divindade. É as bodas entre Deus e seu povo. Movido pelo Espírito, Simeão veio ao templo onde encontrou José e Maria que conduziam o Menino, cumprindo desta forma, a Lei. Simeão tomou-O em seus braços e bendisse a Deus:
"Agora Senhor, deixa teu servo ir em paz, segundo a tua palavra, porque meus olhos viram a salvação que preparaste ante face de todos os povos, luz que brilhará sobre todas as nações, e glória do teu povo, Israel" . (Lc 2, 29-33)