30 de março de 2016

Oitava da Páscoa


A seguir ao  domingo de Páscoa a Igreja vive o Tempo Pascal; são sete semanas em que celebra a presença de Jesus Cristo Ressuscitado entre os Apóstolos, dando-lhes as suas últimas instruções (At1,2). Quarenta dias depois da Ressurreição Jesus teve a sua Ascensão ao Céu, e ao final dos 49 dias enviou o Espírito Santo sobre a Igreja reunida no Cenáculo com a Virgem Maria. É o coroamento da Páscoa. O Espírito Santo dado à Igreja é o grande dom do Cristo glorioso.
O Tempo Pascal compreende esses cinquenta dias, vividos e celebrados “como um só dia
A primeira semana é a “oitava da Páscoa”. Ela termina com o domingo da oitava, chamado “in albis”, porque nesse dia os recém batizados tiravam as vestes brancas recebidas no dia do Batismo.
Este é o Tempo litúrgico mais forte de todo o ano. É a Páscoa (passagem) de Cristo da morte à vida, a sua existência definitiva e gloriosa. É a Páscoa também da Igreja, seu Corpo. No dia de Pentecostes a Igreja é introduzida na “vida nova” do Reino de Deus. Daí para frente o Espírito Santo guiará e assistirá a Igreja em sua missão de salvar o mundo, até que o Senhor volte no Último Dia.
Nos primórdios, a Igreja começou a celebrar as sete semanas do Tempo Pascal, para “prolongar a alegria da Ressurreição” até a grande festa de Pentecostes. Esse tempo deve ser vivido na expetativa da vinda do Espírito Santo; deve ser o tempo de um longo Cenáculo de oração confiante.
Nestes cinquenta dias de Tempo Pascal, e, de modo especial na Oitava da Páscoa, o Círio Pascal é aceso em todas as celebrações, até o domingo de Pentecostes. Ele simboliza o Cristo ressuscitado no meio da Igreja. 
Os vários domingos do Tempo Pascal não se chamam, por exemplo, “terceiro domingo depois da Páscoa”, mas “III domingo de Páscoa”. As leituras da Palavra de Deus dos oito domingos deste Tempo na Santa Missa estão voltados para a Ressurreição. A primeira leitura é sempre dos Atos dos Apóstolos, as ações da Igreja primitiva, que no meio de perseguições anunciou o Senhor ressuscitado e o seu Reino, com destemor e alegria.
A Igreja deseja que nos oito dias de Páscoa (Oitava de Páscoa) vivamos o mesmo espírito do domingo da Ressurreição, colhendo as mesmas graças. Assim, a Igreja prolonga a Páscoa, com a intenção de que “o tempo especial de graças” que significa a Páscoa, se estenda por oito dias, e o povo de Deus possa beber mais copiosamente, e por mais tempo, as graças de Deus neste tempo favorável.
Mas, só pode se beneficiar dessas graças abundantes e especiais, aqueles que têm sede, que conhecem, que acreditam, e que pedem. É uma lei de Deus, quem não pede não recebe. E só recebe quem pede com fé, esperança, confiança e humildade.
As mesmas graças e bênçãos da Páscoa que se estendem até o final da Oitava.
(adap.Prof. Felipe Aquino) 

29 de março de 2016

Páscoa



Vem de longe a celebração da Páscoa dos Hebreus. Resulta de uma fusão da festa da primavera dos nómadas (pastores) – rito do cordeiro – com a festa da primavera da população sedentária (agricultores) – a semana dos ázimos -.
O sentido geral destas festas arcaicas era o de renovação, regeneração, vida nova,…
O importante é que o Povo de Israel transformou estas festas: em vez de «sacralizar» os acontecimentos cósmicos e vitais, vai com elas celebrar o memorial de acontecimentos históricos fundamentais na sua história de Povo de Deus: a intervenção de Javé na libertação da escravidão do Egipto, fazendo dele o «Seu» Povo, contraindo com ele uma aliança. A esta festa os judeus dão o nome de «Pesah» . Israel celebra a sua libertação da servidão, a saída do Egipto, no seguimento da imolação do cordeiro pascal. É o renovar do laço que une Deus ao Seu Povo.

A Páscoa cristã renova a Páscoa judaica, porque pela Morte e Ressurreição de Jesus Cristo, Deus faz uma Nova e definitiva Aliança.
Jesus Cristo é a nova Páscoa, Ele instituiu um novo memorial em função do Acontecimento Pascal que Ele cumpre e realiza na Sua pessoa.
A Igreja nascida da Páscoa, através dos séculos vive permanentemente da Páscoa e celebra-a.


A Páscoa é uma festa móvel do calendário. A sua data foi fixada pelo Concílio de Niceia, em 325, no primeiro domingo depois da lua cheia que se segue ao equinócio da Primavera, o que a faz celebrar num dos domingos entre 22 de março e 25 de abril.
Ano 2016: Equinócio 20 de março, Lua cheia 23 março domingo Páscoa 27 de março.

27 de março de 2016

Domingo Páscoa


                                        Aleluia! Aleluia!
                                      Jesus Ressuscitou!

20 de março de 2016

Domingo da Paixão

Sinais, gestos e expressões do Domingo da Paixão


 Procissão: caracteriza-se a procissão por alegria, alegria que antecipa a da Páscoa. A caminhada é a imagem perfeita da vida do povo: todos caminhando para a casa do Pai, construindo o Reino de paz, justiça, fraternidade...

 Ramos: Sinais de vida, de esperança e de vitória, "com os quais prestamos nossa homenagem a Cristo, nosso Rei". Conservados nas casas, os ramos trazem à mente dos fiéis a vitória de Cristo celebrada na procissão.

 Cânticos: Por natureza, o canto litúrgico é repetição, memória, costume e, por sua vez, novidade, atualização. É algo vivo, dinâmico e criativo, expressando a fé comum e impulsionando-nos para a conversão. Durante a procissão de ramos cantar os Salmos 23 e o 46 e outros cantos apropriados, em honra de Cristo Rei. Será através do canto que iremos auxiliar no sentido de que todos fiquem harmonizados com o mistério que celebramos


 Leitura da Paixão: depois de ter comemorado a triunfo do Senhor pela celebração dos ramos se comemora também a paixão do Senhor. A memória é feita através das três leituras que falam disso diretamente. A leitura poderá ser feita por leitores leigos e leigas, reservando-se a parte de Cristo ao presidente da assembleia. As leituras do anoC: 
LEITURA I – Is 50,4-7; SALMO RESPONSORIAL – Salmo 21 (22); LEITURA II – Filip 2,6-11; EVANGELHO – Lc 22,14-23,56

19 de março de 2016

Domingo de Ramos


Com o Domingo da Paixão ou Domingo de Ramos, abre A Semana Santa, abre com o Domingo de Ramos ou Domingo da Paixão . É a última etapa em que a preparação para celebrar a Páscoa torna-se mais intensa. No fim do longo itinerário quaresmal rumo à Páscoa, a semana santa começa a detalhar a riqueza do mistério pascal em vários dias, conforme  a história evangélica.

"Neste dia, a Igreja celebra a entrada de Cristo em Jerusalém, para cumprir seu mistério pascal", o Cristo é reconhecido pelo povo como Messias, que vem realizar todas as promessas dos profetas.

Todos os 4 evangelistas registam este evento e sublinham-lhe a importância. Assim, cumpre a profecia de Zacarias (Zc 9,9): " Dance de alegria, cidade de Sião; grite de alegria, cidade de Jerusalém, pois agora o seu rei está chegando, justo e vitorioso. Ele é pobre, vem montado num jumento."


A origem do Domingo da paixão "in palmis" seria um costume popular do século V, em Jerusalém, que na tarde do Domingo fazia uma procissão solene para comemorar a entrada de Jesus na cidade. A procissão de palmas iniciava-se no Monte das Oliveiras na direção da cidade, imitando assim a chegada do Senhor a Jerusalém. O sucesso e a popularidade desta evocação comemorativa dá-se porque a comunidade revive, dramatizando-a, a cena evangélica da entrada de Jesus em Jerusalém lida no início, refazendo depois o percurso feito por Cristo. A procissão não estava ligada a uma celebração eucarística.

No início do século VII esses costumes passarão do Oriente para a Espanha e a Gália.
Somente no século XII que será aceita em Roma.

Desde os tempos primitivos, começa em algum lugar fora da Igreja principal. No início da Idade Média, o centro da atenção era o livro do Evangelho, mais tarde suplantado por relíquias e, finalmente, pela própria Hóstia.



A única procissão recordada pelo NT é a entrada de Jesus em Jerusalém ( Mt 21,1-11; Mc 11,1-11; Lc 19, 29-40; Jo 12,12-19). O AT descreve quatro procissões extraordinárias: a tomada de Jericó (Js 6,1-16), o transporte da arca para Jerusalém ( 2Sm 6,12-19; 1Cr 15,25-16,3), a procissão de Neemias ( Ne 12,27-43), e a de Judite ( Jt 15,12-16,18). Todas tem como meta Jerusalém, onde termina com a oferta dos dons e dos holocaustos.

A entrada de Jesus em Jerusalém é a conclusão do ritual de uma peregrinação e como preâmbulo do sacrifício da cruz. ( cf Lc 19,45).

O Messias apresenta-se com o aparato dos conquistadores, mas é montado em um burrinho ( como no cortejo que consagrará Salomão, 1Rs 1,33). As aclamações da multidão são extraídas do Sl 117,25s; a palma, que na mentalidade helenista tem significado de vitória ( 1Mc 13,51; Jo12,13; Ap 7,9), lembra as celebrações da festa dos tabernáculos, em cujos dias Israel imitava a caminhada pelo deserto. Durante esta procissão, Jesus chora sobre Jerusalém e dois dias depois pronunciará o seu discurso escatológico ( cf. Lc 19,41-44).

4 de março de 2016

24 horas para o Senhor



Atendendo ao apelo do Papa Francisco, aquando da proclamação deste Ano Santo da Misericórdia, iremos ter na nossa paróquia a iniciativa “24 horas para o Senhor”, que acontecerá nos dias 4 e 5 de março.
“Na Bula de proclamação do Jubileu, fiz o convite para que «a Quaresma deste Ano Jubilar seja vivida mais intensamente como tempo forte para celebrar e experimentar a misericórdia de Deus» (Misericordiӕ Vultus, 17). Com o apelo à escuta da Palavra de Deus e à iniciativa «24 horas para o Senhor», quis sublinhar a primazia da escuta orante da Palavra, especialmente a palavra profética. Com efeito, a misericórdia de Deus é um anúncio ao mundo; mas cada cristão é chamado a fazer pessoalmente experiência de tal anúncio. Por isso, no tempo da Quaresma, enviarei os Missionários da Misericórdia a fim de serem, para todos, um sinal concreto da proximidade e do perdão de Deus”.
Trata-se de uma jornada penitencial, na qual as igrejas que a ela aderirem devem manter as suas portas abertas. A iniciativa do Conselho Pontifício é de motivar as pessoas a partilhar a fé e viverem melhor os sacramentos, principalmente neste tempo penitencial, que é tão forte para a Igreja e seus fiéis. É “acreditar na oração”, como afirma o Papa Francisco.
Não subestimemos a força da oração de muitos! A iniciativa 24 horas para o Senhor, que espero se celebre em toda a Igreja – mesmo a nível diocesano – nos dias 04 e 05 de Março, pretende dar expressão a esta necessidade da oração.”