3 de novembro de 2006

Nossa Casa


A Casa,
que nunca fechou suas portas,
andou meio abandonada.

Vazia,
a poeira amontoando,
garrafas vazias
jogadas no chão.

Era uma casa,
era um sonho,
era um recanto.

Mas de tão vazia,
de tão abandonada,
começou a ruir.

Ninguém por lá mais passava.
Não se sentia mais cheiro de café.
Quiçá broa!

Mas a Casa,
essa danada,
se cansou!

Gritou bem alto,
sacudiu poeira,
e agora,
com a mesma cara de sempre,
com o mesmo desejo de antes,

Foi p’ro fogão.
Esquentou a água,
Mexeu a farinha,
com duas gemas de ovos,
e mais tantas outras coisas.

E enfim,
café fresco,
bolo de fubá,
espera,
ansiosamente,
os velhos
e novos
amigos!

( b.c. Casa dos Contos)

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