24 de dezembro de 2021

Noite Consoada de Natal

 Feliz de Ti que acreditaste



Um presépio. Simples manjedoura colocada ao centro do estábulo da humanidade e agora da nossa mesa. Parábola ou narração de todas as histórias humanas. A simplicidade é feita de realidade e não de ilusões. Não somos um ficheiro na nuvem tecnológica. Só essa simplicidade. Não é pouco. É tudo. Felizes os que acreditam. De ti que acreditas na encarnação. Esta é uma rutura com toda a construção idolátrica que pressupõe um endeusar da pessoa humana. No presépio todos os ídolos e super heróis caiem por terra para dar lugar à felicidade de se ser quem é. Não precisamos de mais. A vida basta. Feliz de quem acredita na vida e nas suas potencialidades. Feliz de quem encontra em cada encontro um presépio.

Dinâmica

19 de dezembro de 2021

IV Domingo do Advento

Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, o menino saltou-lhe de Alegria




Maria levantou-se e apressadamente foi para a Judeia. João salta no seio de Isabel. Todos estão ansiosos pelo Nascimento de Jesus. Nós também por celebrar o Natal. E o encontro entre as duas mulheres faz o Antigo Testamento saltar para o Novo. João está ansioso. É o tempo do definitivo. O amor salvífico de Deus. Isabel canta a presença de Maria e, nela, a de Jesus. Maria responde com um cântico de louvor ao Senhor. Este é o tempo dos mais belos cânticos. É o tempo da oração de louvor. As famílias encontram-se e experimentam, no seu seio, a presença que a todos faz passar de uma vida sem grande sentido para uma vivência mais profunda da vida. Também vivemos uma gravidez e vamos dar à luz mais vida: a vida que trazemos no mais secreto íntimo do nosso ser.


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12 de dezembro de 2021

III Domingo de Advento


MARIA LEVANTOU-SE

e dirigiu-se à pressa para a montanha



A pressa de Maria é feita de diligência. Missão e partilha. A gratuidade faz caminho em nós e faz-nos caminhar. Sem calcular os riscos, porque há uma alegria para partilhar. Difícil é guardar um segredo. Maria guarda a espada que lhe trespassará o coração e desvela a alegria do dom de Deus, que faz dela e da sua prima mães. A pressa de Maria não é a nossa. Nós corremos para cumprir tarefas e pelas urgências de cumprir horários, cuidando de preencher o dia, para nos mantermos ocupados. Maria tem pressa de partilhar, de viver a missão que Deus lhe confia: ser a Mãe do Seu Filho, sendo mãe de todos. Maria tem pressa em não perder uma oportunidade para amar. É o tempo da oração de ação de graças.

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5 de dezembro de 2021

II Domingo Advento

Disse-lhe o anjo:
MARIA, NÃO TEMAS…


O medo assalta-nos muitas vezes ao longo da vida. Desfoca a visão, endurece o coração e dificulta toda a proximidade. Esta é a hora de vencer o medo.
Maria recebe o anúncio do Anjo e teme. Não pelo seu futuro. Esse ela sabe que está nas mãos de Deus. Maria teme, sim, pelos passos a dar. Como viver o excesso da missão que lhe é confiada? É que só temos o mínimo dos dias para viver. Permanecer unidos à graça. Fácil será sempre apostar tudo em nós e nas nossas soluções. Fácil será pensar que vencemos o medo com a coragem. Maria não tem diante de si o abismo da morte, mas a vertigem do amor excessivo de Deus. Só o amor vence. É o tempo da oração de súplica.
É o tempo do silêncio para acolher. O ruído excessivo distrai. Não deixa que se toque o essencial, o mínimo de cada dia, tão sagrado que se escapa facilmente a quem desejar fazer da vida um comércio.

Dinâmica Advento