...Tinha acabado de guardar as ovelhas. Dirigiu-se ao seu quarto onde um pão e um cântaro de vinho o esperavam pousados na mesa de madeira escura. Não tinha fome, a curiosidade era tão forte que lhe tirava o apetite e o enchia de ansiedade. Agarrou o velho casaco e saiu pela propriedade fora, no meio da noite. As suas passadas fortes e decididas rasgavam o silêncio da noite. Dirigia-se para o velho estábulo. Não era difícil encontra-lo no meio da noite, pois por coincidência, pensava ele, uma estrela brilhante indicava o caminho a tomar. Quando lá chegou abrandou o passo e aproximou-se cautelosamente da entrada. Uma luz fraca cintilava de dentro do estábulo.
Espreitou lá para dentro. Os seus olhos percorreram todo o espaço do estábulo. Viu um casal que dormia profundamente deitados em cima da palha seca e um burro deitado perto de uma manjedoura. Entrou. Caminhava em bicos de pés para não acordar ninguém. Aproximou-se do casal e foi então que o seu olhar foi desviado para a manjedoura, qualquer coisa se tinha movido. Olhou melhor e viu um bebé. Dormia inquieto e tremia muito. Perto da manjedoura estavam as tais três caixas, debruçou-se e abriu-as uma a uma. Na primeira encontrou incenso, na segunda encontrou mirra e na terceira encontrou...ouro. Estava rico, pensou ele. Foi quando o bebé lançou um gemido. Estava demasiado frio, e até o próprio burro que tinha sido ali colocado para aquecer o bebé estava a tremer. Olhou novamente para as caixas e percebeu que o bebé não se podia aquecer com o incenso, nem se cobrir com a mirra, nem se agasalhar com o ouro. Por isso tirou o velho casaco de pele de ovelha e cobriu o bebé, que logo se aninhou. Ao ver aquela imagem sentiu um enorme calor no peito e um conforto único. Olhou de novo para as caixas e apercebeu-se como eram inúteis e materiais. Eram demasiado terrenas, não podiam dar-lhe a felicidade que perseguia. Por isso voltou costas e como tinha entrado, saiu.
Enquanto se afastava do estábulo pensava como era feliz por chegar àquela idade e ter um coração cheio.
Espreitou lá para dentro. Os seus olhos percorreram todo o espaço do estábulo. Viu um casal que dormia profundamente deitados em cima da palha seca e um burro deitado perto de uma manjedoura. Entrou. Caminhava em bicos de pés para não acordar ninguém. Aproximou-se do casal e foi então que o seu olhar foi desviado para a manjedoura, qualquer coisa se tinha movido. Olhou melhor e viu um bebé. Dormia inquieto e tremia muito. Perto da manjedoura estavam as tais três caixas, debruçou-se e abriu-as uma a uma. Na primeira encontrou incenso, na segunda encontrou mirra e na terceira encontrou...ouro. Estava rico, pensou ele. Foi quando o bebé lançou um gemido. Estava demasiado frio, e até o próprio burro que tinha sido ali colocado para aquecer o bebé estava a tremer. Olhou novamente para as caixas e percebeu que o bebé não se podia aquecer com o incenso, nem se cobrir com a mirra, nem se agasalhar com o ouro. Por isso tirou o velho casaco de pele de ovelha e cobriu o bebé, que logo se aninhou. Ao ver aquela imagem sentiu um enorme calor no peito e um conforto único. Olhou de novo para as caixas e apercebeu-se como eram inúteis e materiais. Eram demasiado terrenas, não podiam dar-lhe a felicidade que perseguia. Por isso voltou costas e como tinha entrado, saiu.
Enquanto se afastava do estábulo pensava como era feliz por chegar àquela idade e ter um coração cheio.
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