27 de abril de 2016

Assembleia de Jerusalém


(At.15,35-16,10)
Depois da primeira missão de Paulo, nada volta a ser igual. Não mais se tratava de conversões individuais de pagãos (como aconteceu com o eunuco etíope, Act.8,26-40, ou como no do centurião Cornélio At.10,11-18), mas o de saber qual o lugar a dar na Igreja a todas as comunidades.
Depois de Paulo e Barnabé terem regressado da primeira viagem missionária surgiram problemas entre os cristãos. Alguns cristãos judeus vindos da Judeia chegam a Antioquia e começaram a pregar a necessidade da circuncisão, obrigando Paulo e Barnabé a irem a Jerusalém para resolver o problema com a Igreja, então chefiada pelo Apostolo Tiago (At.15,1-21).
Este relato de Lucas é escrito cerca de 25 anos  após a reunião de Jerusalém.
Lucas apresenta-nos de forma solene esta assembleia onde na confrontação, na escuta e no silêncio a decisão crucial é tomada.
Mas, o debate, caloroso, como acontece e, todas as questões referentes à identidade profunda das pessoas, conheceu várias fases em Antioquia e em Jerusalém (At.15,1-29; Gal. 2,1-10). Os partidários da circuncisão parecem ter-se dividido: Para uns, era indispensável, para outros, um aperfeiçoamento para o baptismo.
Lucas esclarece-nos em Act 15; Paulo explica o seu ponto de vista na sua carta Gal 2,1-10.
Lucas mostra-nos como amadureceu na Igreja uma solução conciliadora; Paulo conservou-nos melhor a atmosfera de tensão que foi a de uma assembleia decisiva para o futuro da Igreja.

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