A data escolhida para a festa da apresentação de Jesus no templo pela Igreja de Jerusalém foi em princípio 15 de Fevereiro, 40 dias depois do nascimento de Cristo, que, então, o Oriente celebrava em 6 de Janeiro. A festa tem fundamento em Lc 2,22-40.
Em conformidade com a lei mosaica (Lv 12,2-4.8; Ex 13,2.11), que impunha o espaço de 40 dias entre o nascimento do menino e a purificação da mãe, também se devia oferecer o menino ao Senhor por ser o primogénito.Quando, nos século VI e VII, a festa se estendeu ao Oriente, foi antecipada para 2 de Fevereiro, porque o nascimento de Jesus era celebrado em 25 de Dezembro. Em Roma foi a apresentação unida a uma cerimónia penitencial, que se celebrava em contraposição aos ritos pagãos das "lustrações".Pouco a pouco a procissão de penitência passou a pertencer à festa, tornando-se uma espécie de imitação da apresentação de Cristo no templo, representando a viagem da sagrada família para Jerusalém.
O papa S. Sérgio I (Séc.VIII), de origem oriental, mandou traduzir para o latim os cantos da festa grega, que foram adoptados para a procissão romana. No século X, a França organizou uma solene bênção das velas que se usavam nessa procissão.Um século mais tarde, acrescenta-se a antífona "Luz para iluminar as nações" com o cântico de Simeão (Agora, Senhor, podeis deixar).
A apresentação de Jesus no templo, mais do que um mistério gozoso, é doloroso. Maria apresenta a Deus o seu filho Jesus, "oferece-o" a Deus.
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