19 de janeiro de 2008

II Domingo do Tempo Comum


Terminamos o tempo do Natal no domingo passado, com a festa tão significativa do Baptismo de Jesus. Foram aproximadamente três semanas, ou mais precisamente 20 dias. Depois dos dias de Natal vem o grande tempo chamado “comum”, de 34 domingos ou semanas, tempo este que é iniciado imediatamente após a festa do Baptismo de Jesus, ou seja, logo na segunda-feira. Na verdade, a festa do Baptismo de Jesus substitui o que seria o 1º Domingo do Tempo Comum. Por isso, celebramos neste dia 20 o 2º Domingo deste Tempo, o qual, nesta sua primeira parte, é bem curto, pois vai até a terça-feira do carnaval. Então, esse primeiro “pedaço” do Tempo Comum será, neste ano, de apenas 23 dias.
O baptismo de Jesus foi o início da sua vida pública. Agora, nos domingos do Tempo Comum, vamos reflectir todos os ensinamentos do Senhor, na sua vida dentro daquele contexto do qual ele fez parte.
O evangelho deste 2º Domingo Comum convida-nos a uma meditação e a uma acção a partir do texto de São João. É uma forte proposta de vida para iniciarmos este tempo litúrgico. Embora neste ano o evangelho mais usado será o de Mateus, neste domingo o evangelista João ajuda-nos interpretar o que ouvimos no domingo passado, da festa do Baptismo, narrada por Mateus.
Para João (evangelista), João Baptista veio para ser uma grande testemunha, ou seja, ele veio para tornar conhecido o “Cordeiro de Deus” para todo o povo. Esta expressão já nos faz pensar na primeira leitura, do livro do profeta Isaías, chamada 2º Canto do Servo de Deus. Esse profeta, chamado Segundo Isaías, mostra bem que esse Servo, desde o ventre materno, foi chamado para reerguer Israel e fazer desse povo uma luz diante de outros povos. Ora, esse Servo já era, sem dúvida, uma figura antecipada de Jesus, o “Filho amado”, como foi chamado no momento do seu baptismo.
Com certeza, percebemos que as expressões “Servo” e “Cordeiro” tem muito a ver uma com a outra. Como um cordeiro, o Servo dá totalmente a sua vida em favor dos irmãos, sem abrir a boca. Não é difícil vermos aqui o Cordeiro Pascal que veio para tirar o pecado do mundo, e, depois da sua ressurreição, envia o Espírito Santo para que os discípulos continuem essa missão.



(adap Pe. Luiz Gonzaga Féchio)

1 comentário:

antonio disse...

O meu início de “vida pública” foi com o Crisma, aos 42 anos. Tão simplesmente porque só nessa altura regressei a casa do meu Pai, porque vagueava sem verdadeiramente Lhe conhecer a morada.

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