17 de dezembro de 2015

Senhora do Ó: tempo de gravidez e esperança



A liturgia católica evoca a partir do dia 17, Nossa Senhora do Ó.
“Esta evocação refere-se a Nossa Senhora de expectação, da esperança”

Deus iniciou pela Virgem Maria a obra da redenção humana, ao preservar de toda a mancha do pecado aquela que viria a ser a Mãe de Cristo (cf. Col. 8/12). É pois, com toda a naturalidade, que celebramos, nos primeiros dias do Advento, a solenidade da Imaculada, preparação radical da Virgem para a vinda do Salvador e feliz aurora da lgreja (cf. Marialis Cultus, 3).
As afirmações que melhor exprimem a fé da lgreja para com a Mãe de Deus encontram-se nos dias 17 a 24 de Dezembro: O Anjo do Senhor disse a Maria: Conceberás e darás à luz um Filho e o seu nome será Jesus ( 20/12); Bendita sejais, ó Virgem Maria, porque em vós se há-de cumprir a palavra do Senhor ( 21/12); Senhor, que no seio da bem-aventurada Virgem Maria quisestes realizar o grande mistério da Encarnação do Verbo ( 17/12); Deus eterno e omnipotente, ao aproximar-se o nascimento do vosso Filho, fazei-nos sentir a abundância da vossa misericórdia, que O fez encarnar no seio da Virgem Maria ( 23/12). A minha alma glorifica o Senhor, porque o Todo-Poderoso fez em mim maravilhas ( 22/12).
Mas é sobretudo no 4º. Domingo do Advento que a presença da Virgem atinge a sua máxima expressão, nas leituras bíblicas, nas orações e na bela antífona da comunhão: Eis que uma Virgem conceberá e dará à luz um Filho chamado Emanuel (4º. Dom. Adv).
A presença de Maria na liturgia do Advento tem um profundo sentido de exemplaridade. Assim como Deus pôs os olhos na humildade da sua serva, do mesmo modo os põe em cada crente que a imita. A exemplaridade de Maria há-de ser ponto de referência para a lgreja e para cada crente que, em continuidade com ela, têm a missão de preparar o mundo para a última vinda de Cristo Salvador.
Na aurora dos novos tempos, foi em Maria que a promessa feita por Deus aos patriarcas e aos profetas se transformou em Dom. Nos nossos, que são os últimos, há-de ser através de cada homem e de cada mulher que vivam à maneira de Maria, que Deus apressará a última vinda do seu Filho, e nos dará a graça de alcançarmos a herança do céu, onde, com a criação inteira, cantaremos eternamente a glória do Senhor.

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A liturgia católica evoca a partir de amanhã, dia 17, Nossa Senhora do Ó. “Esta evocação refere-se a Nossa Senhora de expectação, da esperança”, elucida Frei Lopes Morgado da Fraternidade do Centro Bíblico. As Antífonas do Ó são evocadas na liturgia das horas, as vésperas, preparando a última semana da caminhada do Advento para o Natal. Correspondem a pequenas orações que invocam Jesus Cristo.
Cada antífona começa com “Ó”, que sendo redondo sugere um ventre grávido, ou seja, a última fase de gestação de um bebé. “Supõe-se que uma semana antes do Natal Maria estaria já com um ventre bem visível, daí que o Ó redondo da letra fosse evocado também ao ventre redondo de Nossa Senhora”, explica Frei Lopes Morgado.
A liturgia do Advento pretende tornar evidente a esperança de Nossa Senhora, porque este tempo é de esperança. “Fica mais visível nesta última semana” e cantando a antífona do Ó, “estamos sempre a cantar a Cristo”. A última antífona do dia 23 é “Ó Emanuel”, evocando precisamente “o nascimento de Jesus”, sublinha o membro da Fraternidade do Centro Bíblico.
“Nesta altura toda a humanidade se volta para Maria, não porque ela é melhor que as outras mas porque ela carrega em si o Messias prometido"

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