7 de março de 2010

III Domingo Quaresma

“Mas se não vos arrependerdes, ireis morrer todos de modo semelhante” (Lc. 13, 03).

São palavras duras, que nos fazem compreender que, com Deus, não se pode brincar; e, no entanto, palavras que procedem do amor de Deus que, por todos os meios, quer a salvação de todas as Suas criaturas. Deus já não fala hoje ao Seu povo por meio de Moisés, mas por meio de Seu Filho Jesus; faz-Se presente, não num silvado que arde sem se consumir, mas no Seu Filho Unigénito que, chamando os homens à penitência, personifica a misericórdia infinita que nunca se consome. Com essa misericórdia, Jesus suplica ao Pai que se prolongue o tempo e espere um pouco mais, até que todos se corrijam; assim como faz o agricultor da parábola, o qual, perante a figueira estéril, diz ao dono: “ Senhor, deixa-a ainda este ano…”. Jesus oferece a todos os homens a Sua graça, vivifica-os com os méritos da Sua Paixão, alimenta-os com o Seu Corpo e Sangue, pede para eles a misericórdia do Pai: que mais poderia fazer?

Ao homem corresponde não abusar de tantos benefícios, mas valer-se deles para dar frutos de autêntica vida cristã

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