17 de julho de 2008

Os Anos Santos na vida da Igreja


O jubileu chama-se vulgarmente Ano Santo; não só porque começa, decorre e termina com ritos sagrados solenes, mas também porque se destina a promover a santidade dos costumes e tempo durante o qual se pode lucrar a indulgência jubilar.
Sobre a origem e a história dos jubileus existem alguns documentos. O papa Paulo VI sintetizou o seu nascimento e a sua institucionalização do seguinte modo: «A partir do Sec. II, peregrinos vinham a Roma ver e venerar os “troféus” dos dois Apóstolos Pedro e Paulo e peregrinavam até à Igreja Romana. No Sec. IV, a vinda a Roma torna-se a principal forma de peregrinação no Ocidente, paralela e convergente, na sua ideia religiosa que se fazia a Jerusalém, no Oriente, onde se guardava o sepulcro do Senhor. Na Idade Média, Roma é a meta dos peregrinos piedosos que vêm das diversas partes da Europa, e também peregrinos que chegam do Oriente. Esta ideia de peregrinação desenvolveu-se nos Sec. XII e XIII, enriquecida com novos motivos de religiosidade e de piedade popular, imprimindo um conteúdo mais profundo à antiga ideia que a Igreja recebera da tradição, “da peregrinação por amor de Deus”.
Deste modo, nasce o jubileu, fruto de uma maturação doutrinal, bíblica e teológica, que tem a sua manifestação pública no jubileu proclamado no ano de 1220, pelo papa Honório III para peregrinação ao túmulo de São Tomás Becket, que depois converge para Roma, para as basílicas de S. Pedro e S. Paulo, no grande movimento popular e penitencial do ano de 1300, proclamado pelo papa Bonifácio VIII.»
O jubileu romano de 1300 representou o início e o modelo dos jubileus que, mais tarde se seguiram. A partir do séc. XV a celebração do jubileu passa a fixar-se de vinte e cinco em vinte e cinco anos, exceptuando-se algumas interrupções.
É no Jubileu de 1500 que se inicia a prática da abertura das portas santas das quatro basílicas romanas. Desde então várias inovações se têm feito na forma de celebrar o jubileu., sendo as mais importantes aquelas que tinham que ver com a pregação do perdão dos pecados, com o modo de lucrar as indulgências e com a assistência aos peregrinos.
No século XX, os papas Leão XIII celebra o de 1 900, Pio XI o de 1925 ( no final surge a Festa de Cristo Rei).
Pio XII o de 1950 e faz a solene proclamação do dogma da Assunção de Nossa Senhora).
No jubileu de 1975 o Papa Paulo VI proclama que o revigorar a Igreja nos caminhos da renovação e a reconciliação entre todos os cristãos são uns dos objectivos centrais do Ano Santo.
O Papa João Paulo II proclama que o Jubileu de 2000, se celebrará não só em Roma, mas também fora de Roma, para que todos os fiéis possam beneficiar deste ano santo para assinalar o aniversário do nascimento de Jesus Cristo e a passagem do Milénio.
E foi a 28 de Junho de 2007 que Bento XVI anunciou a celebração de um ano jubilar dedicado ao Apóstolo São Paulo: "É para mim uma felicidade anunciar oficialmente que ao Apóstolo Paulo dedicaremos um especial Ano jubilar, desde 28 de Junho de 2008 até 29 de Junho de 2009, por ocasião do bimilenário do seu nascimento, inserido pelos historiadores entre os anos 7 e 10 d.C."

3 comentários:

antonio disse...

Eu também vivo um Jubileu, de natureza diferente, embora inclua dois anjinhos...

Maria João disse...

O apóstolo S. Paulo é um grande exemplo de como todos podemos ser santos...

Que o seu ano, sirva para que haja mais convertidos ao Amor de Cristo.


beijos em Cristo e Maria

Ecclesiae Dei disse...

Que bênção, um ano Jubilar!
Obrigado pelas informações, muito interessante entender melhor sobre os anos Santos.

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