Ignoramos em que dia Jesus nasceu. Os cristãos do século III escolheram, para comemorar esse evento, uma data particularmente significativa: o dia 25 de dezembro, a noite mais longa do ano. O motivo dessa escolha é simples: no tempo de nova luz na natureza, novo ano solar, festeja-se a festa da Luz nova que jamais se apagará: "Jesus, verdadeiro sol de justiça", repetindo as palavras do profeta Malaquias 3,20. Desde então, a Igreja começou a celebrar as duas grandes festas que indicam as etapas da vinda de Deus entre os homens: a Natividade e a Epifania.
No dia da Natividade ou Natal, festejamos a presença humilde de Deus no meio dos homens; no dia da Epifania, a manifestação dessa presença aos gentios e ao mundo.
A Epifania é para o Natal o que Pentecostes é para a Páscoa, ou seja, o seu desenvolvimento e a sua proclamação no mundo, e prolonga-se na festa do Batismo do Senhor, como manifestação ao povo eleito.
A oitava de Natal, 1º de janeiro, glorifica o nome de Jesus, que significa "o Senhor salva", e resume o sentido da encarnação acontecida em Maria, Mãe de Deus.
Assim, através dessas quatro festas, o tempo de Natal nos faz passar do mistério da encarnação ao início do ministério de Jesus. Também a reforma litúrgica do concílio Vaticano II confirma a estrutura desse tempo, que vai das primeiras Vésperas do Natal até o domingo que se segue à Epifania. Enriqueceram-se os textos litúrgicos das celebrações e inseriu-se a missa vespertina da vigília; solenizou-se a maternidade divina de Maria, bem como o batismo de Jesus.
A festa da Sagrada Família foi deslocada para o domingo que segue o Natal. As celebrações do tempo natalino não param nos fatos históricos, mas remontam a seu verdadeiro fundamento, que é o mistério da encarnação
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