29 de janeiro de 2007

Cântico do amor



Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos,
se não tiver amor, sou como um bronze que soa
ou um címbalo que retine.
Ainda que eu tenha o dom da profecia
e conheça todos os mistérios e toda a ciência,
ainda que eu tenha tão grande fé que transporte montanhas,
se não tiver amor, nada sou.
Ainda que eu distribua todos os meus bens
e entregue o meu corpo para ser queimado,
se não tiver amor, de nada me aproveita.
O amor é paciente,
o amor é prestável,
não é invejoso,
não é arrogante nem orgulhoso,
nada faz de inconveniente,
não procura o seu próprio interesse,
não se irrita nem guarda ressentimento.
Não se alegra com a injustiça,
mas rejubila com a verdade.
Tudo desculpa, tudo crê,
tudo espera, tudo suporta.
O amor jamais passará.
As profecias terão o seu fim,
o dom das línguas terminará
e a ciência vai ser inútil.
Pois o nosso conhecimento é imperfeito
e também imperfeita é a nossa profecia.
Mas, quando vier o que é perfeito,
o que é imperfeito desaparecerá.
Quando eu era criança,
falava como criança,
pensava como criança,
raciocinava como criança.
Mas, quando me tornei homem,
deixei o que era próprio de criança.
Agora, vemos como num espelho,
de maneira confusa;
depois, veremos face a face.
Agora, conheço de modo imperfeito;
depois, conhecerei como sou conhecido.
Agora permanecem estas três coisas:
a fé, a esperança e o amor;
mas a maior de todas é o amor.
1Cor_13

25 de janeiro de 2007

Referendar? ASSIM NAO

E porque o referendo sobre o aborto está aí à porta e há muito ainda por saber, é bom ler, esclarecer, informar, opinar. Por isso deixo aqui, para quem ainda não conhece, um lugar bem esclarecedor e interessante:
  • www.assimnao.org
  • 24 de janeiro de 2007

    Lectio Divina

    Um dos métodos mais antigos de leitura e meditação da Palavra de Deus é a leitura orante, ou a “lectio divina”.

    O Concílio Vaticano II já dizia que “só pela luz da fé e meditação da Palavra de Deus, pode alguém, sempre e por toda a parte, reconhecer Deus, em quem vivemos e nos movemos e somos (Act 17,28), procurar em todo o acontecimento a Sua vontade, ver Cristo em todos os homens”.(Vat. II, Apostolicam Actuositatem, 4)

    A partir deste trecho, podemos deduzir que a leitura e a meditação da Palavra de Deus se tornam fundamentais para quem está em busca da própria vocação e do próprio chamado. É a Palavra que forma e dá vida ao Cristo em nós, que aos poucos nos irá revelar o plano e o projecto de Deus em nossa vida.

    Tratando-se de um chamado divino, a vocação é algo de sobrenatural, que não pertence ao humano. É Deus quem chama, Foi Ele que pensou em nós desde a criação do mundo para colaborarmos com o seu Reino. Quando Jesus diz “não fostes vós que me escolhestes, mas fui eu que vos escolhi” (Jo 15,16), queria justamente sublinhar isso.

    A leitura orante da Bíblia, portanto, torna-se um meio, um instrumento para aprofundar o que Deus quer da minha vida dia após dia, é um exercício que me ajuda, aos poucos, a interiorizar as mesmas atitudes e comportamentos que foram do próprio Jesus, que obedeceu ao Pai até ao último momento da sua existência.

    A coisa mais importante será encontrar um tempo durante o dia, para dedicar-se à leitura e à meditação da Palavra de Deus. O lugar pode ser a igreja ou até mesmo um quarto da casa ou um lugar sossegado, como nos sugere o próprio Jesus quando nos diz: “... quando orares, entra no teu quarto e, fechando a tua porta, ora ao teu Pai que está lá, no segredo...”. (Mt 6,6)

    O texto a reflectir ou meditar pode ser o Evangelho ou a leitura do dia, ou qualquer leitura da Bíblia que relate uma vocação, um chamado a partir de Abraão, os profetas... até chegar ao Novo Testamento, com a vocação de Maria, os apóstolos, etc...

    20 de janeiro de 2007

    Anunciar a Boa Nova



    Jesus concretiza a profecia de Isaías.

    Os primeiros destinatários da missão de Jesus, são os pobres, a quem foi enviado a anunciar a boa notícia. (eram todos aqueles que estavam privados dos seus bens, que não tinham o necessário para viver, porque foram obrigados a vender as suas terras. Eram quase sempre estes pobres que estavam sujeitos às injustiças dos ricos).

    O segundo objectivo visava a libertação dos prisioneiros (prisioneiros eram também os pobres obrigados a viver em condições de escravidão ou prisão, dada a sua impossibilidade de pagar as suas dívidas).

    O terceiro grupo de destinatários da missão de Jesus, são os cegos, a quem é enviado para anunciar e realizar a cura da vista.( Estes cegos são todos aqueles cegos, coxos, aleijados a quem Jesus curou, mas Jesus não se limita à cegueira física, coloca-a a par da cegueira espiritual e interior.

    A libertação dos oprimidos (são muitas as situações de opressão de que Jesus liberta os homens, como podemos ver pelos relatos evangélicos. A opressão fundamental, de que Jesus liberta os homens é a de satanás, que é a libertação do mal. A par desta, também se devem colocar a libertação da doença, da morte e do pecado).

    Assim as expectativas e as solicitações sociais do ano da graça, legisladas em Lv.25,8-55, consideram-se realizadas por Jesus, porque Jesus não realiza apenas um ano agradável ao Senhor, mas também se realiza o «hoje» da salvação definitiva, não é preciso esperar outro momento.

    Portanto as expectativas do ano da graça realizam-se no «hoje» de cada momento do nosso encontro com Jesus Cristo.

    III Domingo do Tempo Comum


    É o começo do ministério de Jesus. Depois do Baptismo no Jordão e da experiência do deserto, Jesus dá início à sua pregação na sinagoga de Nazaré.
    A sinagoga era o local da reunião dos judeus, aí se celebrava o Sábado com a leitura da Lei e dos Profetas, seguida de homilia, que era feita por adultos versados nas Escrituras. Jesus no contexto litúrgico da celebração do Sábado, lê a passagem do profeta Isaías (Is.61,1-2) e depois de ter exercido a função de leitor pronuncia uma verdadeira homilia que se resume nas palavras recolhidas pelo evangelista: “Cumpriu-se hoje esta passagem da Escritura, que acabais de ouvir” (Lc.4,21).
    Aqui Jesus apresenta-se como o Messias anunciado pelo profeta Isaías e diz mais, o tempo da realização dessa promessa já começou: hoje. Chegou com Ele «a plenitude dos tempos».
    Na Sinagoga de Nazaré, Jesus declarou aberto o tempo da sua presença salvadora no meio dos homens e esta presença consiste em levar a termo as promessas da antiga aliança. A expressão hoje não tem um valor cronológico, significa sim o momento em que o Filho de Deus entra na vida dos homens e na história da humanidade.

    18 de janeiro de 2007

    Chamar as coisas pelo seu nome!

    Pelo"sim" pelo "Não"

    O bloco está muito ralado por o "não" ser apoiado pelos ricos, mas não diz que os movimentos cívicos não recebem subsídio para fazerem campanha, ao contrário dos partidos politicos. E esse, sim, é dinheiro de todos nós.
    Mas lá vai mais uma. Pacheco Pereira no seu comentário da Sábado desta semana, diz que os apoiantes do "não" envenenaram o terreno tornando a palavra "aborto" uma palavra maldita.
    E agora pergunto eu: os apoiantes do "sim" refugiaram-se na pomposa frase "interrupção voluntária da gravidez" para quê?
    Se um aborto é um aborto, e sempre o foi, porquê tanta subtileza?
    Será para tornar as consciências mais leves?

    16 de janeiro de 2007

    apenas sementes


    A loja de Deus

    Entrei e vi um Anjo no balcão. Maravilhado, disse-lhe:
    - Santo Anjo do Senhor, o que tens?
    Respondeu-me:
    - Todos os dons de Deus.
    Perguntei:
    - São caros?
    Respondeu-me:
    - Não, é tudo de graça.
    Contemplei a loja e vi jarros com sabedoria, vidros com fé, pacotes com esperança, caixinhas com salvação, potes com amor. Tomei coragem e pedi:
    - Por favor, Santo Anjo, quero muito amor, todo o perdão, um vidro de fé, bastante felicidade e salvação eterna para mim e para minha família também.
    Então, o Anjo do Senhor preparou-me um pequeno embrulho, tão pequeno, que cabia na palma da minha mão.
    Maravilhado, mais uma vez, disse-lhe:
    - É possível estar tudo aqui?
    O Anjo respondeu-me sorrindo:
    - Meu querido irmão, na loja de Deus não temos frutos. Apenas sementes.

    Muitas vezes, desesperamos porque não sabemos se, um dia, as sementes que lançamos darão frutos.