O
Evangelho de S. Lucas, tem um destinatário específico, Teófilo (1.3). Esse nome
refere-se a uma pessoa e o emprego do adjetivo “excelentíssimo” junto com o nome,
revela que se trata de alguém de posição importante. Teófilo era possivelmente
o patrocinador de Lucas, responsável por mandar copiar e distribuir seus
escritos. Dedicatórias como essa da abertura do livro de Lucas eram comuns
naquela época.
Teófilo,
no entanto, era mais que um patrocinador. A mensagem desse Evangelho visava à
instrução não só daqueles entre os quais o livro iria circular, mas também ao
próprio Teófilo (1.4). O facto de esse Evangelho ter sido inicialmente dirigido
a Teófilo não reduz nem limita o seu propósito. Foi escrito para fortalecer a
fé de todos os crentes e para reagir aos ataques dos incrédulos contra Jesus. Lucas
queria demonstrar que o lugar ocupado pelo gentio convertido ao Reino de Deus
baseia-se nos ensinos de Cristo. Queria recomendar a pregação do Evangelho ao
mundo inteiro, não apenas aos judeus.
O
Evangelho de Lucas foi escrito para os gregos, por isso Jesus é apresentado
como o Homem Perfeito, pois os gregos sempre procuraram a perfeição. Os
gregos inventaram a matemática, a ciência e a filosofia; foram os primeiros a
escrever histórias em lugar de meros anais; especularam livremente sobre a
natureza do mundo e as finalidades da vida, sem que se achassem acorrentados a
qualquer ortodoxia herdada. Foi para esses intelectuais que Lucas descreveu a
vida e a obra de Cristo, o Homem e o Salvador Perfeito. Lucas o descreveu como
um homem cheio de simpatia para com toda a humanidade, Salvador de todos os
homens, sem distinção de qualquer espécie.
Lucas
escreveu especialmente para o povo grego, símbolo da cultura, da filosofia, da
sabedoria e da educação, a fim de apresentar a gloriosa beleza e perfeição de
Jesus, o Homem Perfeito. (adap.santovivo)
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