1 de abril de 2010

Missa Crismal de Quinta-Feira Santa




Na Missa Crismal de Quinta-feira Santa,os santos óleos estão no centro da acção litúrgica.São consagrados pelo Bispo na sé catedral para o ano inteiro. Assim, exprimem também a unidade da Igreja, garantida pelo Episcopado e aludem a Cristo, o verdadeiro "pastor e guarda das nossas almas", diz São Pedro (cf. 1 Pd 2,25). E, ao mesmo tempo, mantêm unido todo o ano litúrgico, ancorado no mistério de Quinta-feira Santa.
Enfim, os óleos aludem ao Horto das Oliveiras, onde Jesus aceitou interiormente a sua Paixão. Contudo, o Horto das Oliveiras é também o lugar donde Jesus subiu ao Pai, tornando-se, assim, o lugar da Redenção: Deus não deixou Jesus na morte. Jesus vive para sempre junto do Pai, e por isso mesmo é omnipresente, está sempre junto de nós. Este duplo mistério do Monte das Oliveiras também está "activo" no óleo sacramental da Igreja.
Em quatro sacramentos, o óleo é sinal da bondade de Deus que nos toca: no Baptismo; na Confirmação, como sacramento do Espírito Santo; nos vários graus do Sacramento da Ordem; e, finalmente, na Unção dos Enfermos, na qual o óleo nos é oferecido, por dizer assim, como medicamento de Deus – como o medicamento que agora nos torna seguros da sua bondade e deve-nos revigorar e consolar, mas ao mesmo tempo aponta para além do momento da enfermidade, para a cura definitiva, a ressurreição (cf. Tg 5,14). Assim o óleo, nas suas diversas formas, nos acompanha ao longo de toda a vida, desde o catecumenato e o Baptismo até ao momento em que nos preparamos para o encontro com Deus Juiz e Salvador.
Em suma, a Missa Crismal, na qual o sinal sacramental do óleo nos é apresentado como linguagem da criação de Deus, fala de modo particular ao sacerdote: fala-nos de Cristo, que Deus ungiu como Rei e Sacerdote; dele, que nos torna participantes do seu sacerdócio, da sua "unção", na nossa ordenação sacerdotal.
"in Vaticano"

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