A descida do Espírito Santo
sobre os Apóstolos permitiu-lhes falar "outras línguas" (Act.2.4), um
fenómeno testemunhado pelos "judeus piedosos provenientes de todas as
nações que há debaixo do céu" que se encontravam em Jerusalém. Tratou-se
de um milagre de dicção (os Apóstolos a falarem línguas estrangeiras) ou de
audição (eles falavam em aramaico, mas cada um compreendia no seu próprio dialecto)?
Este fenómeno tem feito correr muita tinta. De todas as formas o que Lucas
pretende fazer-nos compreender é: a confusão de línguas, em Babel (Gn.11),
tornara os homens incapazes de se entenderem; o Espírito Santo concede agora à
sua Igreja o poder de se fazerem compreender por todos os povos.
Em Babel não se compreendiam
uns aos outros (Gn,11,7); no Pentecostes, «cada um os ouvia falar na sua
língua» (Act.2,6).
O discurso de Pedro é a
explicação para o que estava a acontecer. Ele faz referência aos desígnios de
Deus tal como foi revelado ao Seu povo.
Pois tudo o que estava a acontecer já tinha sido anunciado por meio do
profeta Joel, e das Escrituras. Pedro anuncia-lhes Jesus Cristo, a sua missão,
concentrando o seu discurso no mistério da Sua Morte e Ressurreição. Muitos
naquele dia acreditaram em Jesus e receberam o baptismo.
Neste capítulo pode-se notar
a força e a coragem que o Espírito Santo infundiu nos Apóstolos. Aqueles que
antes estavam fechados no Cenáculo, com medo dos judeus, agora anunciam com
entusiasmo Jesus Cristo e o Evangelho. Por outro lado o Espírito Santo permite
que muitos compreendam e aceitem a pregação dos Apóstolos.
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