Quaresma,
tempo de preparação para a Páscoa, começa hoje quarta-feira, 10, recordemos
algumas coisas que ajudará o católico a viver este tempo mais conscientemente.
Quarta-feira de Cinzas
É o primeiro dia da
Quaresma, ou seja, dos 40 dias nos quais a Igreja chama os fiéis
a converter-se e a preparar-se verdadeiramente para viver os mistérios da
Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo durante a Semana Santa.
A Quarta-feira de
Cinza é uma celebração que está no Missal Romano, o qual explica que no final
da Missa,
abençoam e impõem as cinzas obtidas da queima dos ramos usadas no Domingo de Ramos do
ano anterior.
A tradição de impor a
cinza é da Igreja primitiva. Naquela época, as pessoas colocavam as cinzas na
cabeça e apresentavam-se diante a comunidade com um “hábito penitencial” para
receber o Sacramento da Reconciliação na Quinta-feira Santa.
A Quaresma adquiriu um
sentido penitencial para todos os cristãos quase 400 anos d.C. e, a partir do
século XI, a Igreja de Roma impõe as cinzas no início deste tempo.
A cinza é um símbolo. A
sua função está descrita num importante documento da Igreja, mais precisamente
no artigo 125 do Diretório sobre a piedade popular e a liturgia:
“O começo dos quarenta
dias de penitência, no Rito romano, caracteriza-se pelo austero símbolo das
Cinzas, que caracteriza a Liturgia da Quarta-feira de Cinzas. Próprio dos
antigos ritos nos quais os pecadores convertidos se submetiam à penitência
canônica, o gesto de cobrir-se com cinza tem o sentido de reconhecer a própria
fragilidade e mortalidade, que precisa ser redimida pela misericórdia de Deus.
Este não era um gesto puramente exterior, a Igreja o conservou como sinal da
atitude do coração penitente que cada batizado é chamado a assumir no caminho quaresmal.
Devem ajudar aos fiéis, que vão receber as Cinzas, para que aprendam o
significado interior que este gesto tem, que abre a cada pessoa a conversão e
ao esforço da renovação pascal”.
A palavra cinza, que
provém do latim "cinis", representa o produto da combustão de algo
pelo fogo. Esta adotou desde muito cedo um sentido simbólico de morte,
expiração, mas também de humildade e penitência.
A cinza, como sinal de
humildade, recorda ao cristão a sua origem e o seu fim: “E formou o Senhor Deus
o homem do pó da terra” (Gn 2,7); “até que te tornes à terra; porque dela foste
tomado; porquanto és pó e em pó te tornarás” (Gn 3,19).
Para a cerimônia devem
ser queimados os restos dos ramos abençoados no Domingo de Ramos do ano
anterior. Estes recebem água benta e logo são aromatizados com incenso.
As cinzas são impostas
na fronte, em forma de cruz, enquanto o ministro pronuncia as palavras
Bíblicas: “és pó e em pó te tornarás” ou “converte-te e acredita no Evangelho”. (adap acidigital)
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