1 de março de 2015

II DOMINGO QUARESMA


Levanta-te
Também a nós, como a Pedro, Tiago e João, Jesus convida a “subir para um lugar retirado num alto monte”, onde possamos experimentar a beleza do encontro com Ele, sem as perturbações do ruído da cidade. Que este breve momento de oração nos ajude a estar «em família», «entre amigos», com Jesus no nosso meio. Digamos ao Senhor: “Que bom é estarmos aqui”

22 de fevereiro de 2015

I Domingo Quaresma


Arrepende-te
“Quando não rezamos, fechamos as portas ao Senhor para que Ele não possa fazer nada. Pelo contrário, diante de um problema, de uma situação difícil, de uma calamidade, a oração abre as portas ao Senhor, para que Ele venha. Ele refaz as coisas, Ele sabe arranjar as coisas, colocá-las no lugar. Rezar é isso: abrir as portas ao Senhor. Se as fecharmos, Ele não pode fazer nada”

(Papa Francisco).

20 de fevereiro de 2015

O jejum que agrada a Deus


"O jejum que me agrada é este: libertar os que foram presos injus­tamente, livrá-los do jugo que levam às cos­tas, pôr em liberdade os oprimidos, quebrar toda a espécie de opres­são, repartir o teu pão com os esfo­meados, dar abrigo aos infelizes sem casa, atender e vestir os nus e não des­prezar o teu irmão. Então, a tua luz surgirá como a aurora, e as tuas feridas não tardarão a cicatrizar-se. A tua justiça irá à tua frente, e a glória do Senhor atrás de ti. Então invocarás o Senhor e Ele te atenderá, pedirás auxílio e te dirá: «Aqui estou!»  (Isaías58,6-9)



Deus chama à atenção do Seu povo do perigo e chama-o ao verdadeiro jejum.O “verdadeiro jejum”, que agrada a Deus,  revela-se na maneira como tratamos os outros.

2 de maio de 2010

"Amai-vos uns aos outros"


No Antigo Testamento já havia o mandamento: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo “(Lv. 19, 18). Porém, Jesus diz; "Dou-vos um mandamento novo: que vos ameis uns aos outros. Como Eu vos amei, amai-vos também uns aos outros." É neste mandamento novo que se fundamenta o Cristianismo. Vamos então reflectir sobre a novidade do amor de Jesus.

Jesus sela com o Seu sangue a nova aliança com os homens. Não serão necessários mais sacrifícios de animais ou outros, apenas o amor. Mas o amor é Ele mesmo, como sinal do amor de Deus. Jesus não pede nada para Si nem para Deus, somente para os homens. E, pois, um amor totalmente gratuito, universal e oblativo. Um amor que se traduz no serviço até dar a vida. Um amor que recusa qualquer forma de violência, respeita a liberdade, promove a dignidade, reprova toda a discriminação. Um amor que elege a debilidade como alvo preferencial.

Nunca ninguém tinha amado assim; nunca ninguém tentara fundar uma sociedade baseada nesta dimensão, que parecerá Ioucura aos olhos dos "sábios", mas por isso mesmo é a eterna novidade capaz de arrancar o mundo da escravidão de qualquer natureza. É este amor o alimento, o maná, dos cristãos.

Os cristãos não são homens diferentes dos outros, não trazem distintivos, não vivem fora do mundo; o que os caracteriza é a lógica do amor gratuito, como o de Jesus. O amor que existe entre eles deve ser visível, manifestado por obras semelhantes às de Jesus. Este será o sinal distintivo da comunidade crista. Não mais o poder. Não mais a vaidade. Não mais os primeiros lugares. Não mais pura observância de ritos vazios de vida. Tudo isto faz parte de uma comunidade “velha". A comunidade "nova" brilhará como o sol, será a Jerusalém celeste nesta terra. Esta é a nossa hora, herdamos de Jesus esta extraordinária herança; que vos ameis uns aos outros. Como Eu vos amei.

(Folha dominical Comunidade paroquial de Espinho)

23 de abril de 2010

Domingo do Bom Pastor


O Quarto Domingo da Páscoa, também é chamado o Domingo do Bom Pastor - Dia de orações pelas vocações sacerdotais e religiosas.

O termo pastor ressoa na boca de Jesus como um título cristológico que fala simultaneamente do seu mistério e de sua missão, tendo raízes no Antigo Testamento. Com efeito, Iahweh é o Pastor que conduz o seu Povo, através de seus servos quais autênticos pastores nem sempre, porém, fiéis à missão. Daí o tema no Antigo Testamento revelar um forte acento messiânico-escatológico, isto é, Deus haveria de suscitar um Pastor plenamente fiel ao serviço às ovelhas. Este pastor, segundo o coração de Deus, anunciado pelos profetas e esperado por Israel, é o Messias: Jesus.

Ele apresenta-se no Quarto Evangelho consciente não só de ser aquele pastor, mas também de que os que vieram antes dele eram ladrões e mercenários que dispersaram as ovelhas. Então, não só as reúne e defende, mas dá-lhes a vida porque morre e ressuscita para isso. Justifica-se, pois, a escolha do relato do Quarto Domingo da Páscoa, por esta nítida relação estabelecida entre o pastoreio de Jesus e o momento da sua morte e ressurreição. Aliás, esta entrega de si é que justifica o qualitativo bom acrescido ao pastor.

Paulo VI percebeu a importância desta mensagem e fez deste Domingo uma Jornada Mundial de Orações pelas Vocações Sacerdotais e Religiosas. Dessa maneira, deseja que à luz do Bom-Pastor que dá a vida compreendamos, aceitemos e valorizemos as vocações especiais na Igreja. O melhor modo de valorizá-las é perceber as suas necessidades. Quem precisa pede, ora, implora. Há, pois, uma pequena subtileza no pedido que fazemos a Deus. É claro que pedimos vocações. Mas, na realidade, suplicamos que Ele conceda o dom que motiva o coração humano para a entrega de si mesmo, aquela disposição do Bom-Pastor que dá a vida, sem o que a Redenção não se realiza. Este dom é pedido, hoje, pela Igreja ao seu Pastor Supremo, sem o qual não há nem vocacionados nem a expressão visível Daquele que redimiu e congregou o Rebanho.

A imagem do Bom-Pastor, plena de conteúdo salvífico, permite também que toda obra e ministério eclesiais sejam chamados de Pastoral porque os baptizados, segundo os carismas que possuem, são vocacionados ao serviço, dando a vida pela causa Daquele que se entregou por nós. Portanto, a imagem desperta a generosidade e a disponibilidade dos cristãos para o serviço na Igreja e no Mundo, à semelhança do pastoreio de Jesus.

11 de abril de 2010

Nova Evangelização


Os discípulos encontram-se reunidos em casa. Este encontro, no contexto deste Evangelho, é a celebração da Eucaristia. Quando os crentes estão reunidos eucaristicamente, encontram o Ressuscitado. Este saudou os seus discípulos: "A paz esteja convosco". O presidente da assembleia eucarística saúda também os presentes de maneira semelhante.
O apóstolo Tomé não estava presente na primeira aparição e, por isso, não pôde ver Jesus Ressuscitado. Só oito dias depois, reunido com os outros, viu Jesus Ressuscitado. Esta situação é narrada por causa do seu significado. Quem, como Tomé, se ausenta dos encontros eucarísticos não pode fazer a experiencia do Ressuscitado, não pode receber a sua saudação, nem o seu Espírito, nem a alegria que nasce do encontro com Deus. Quem, no Dia do Senhor, no Domingo, fica em casa, mesmo que reze sozinho, veja a Eucaristia pela Televisão, excepção feita para os doentes, pode ter uma certa experiência de Deus, mas não a do Ressuscitado, porque Este Se torna presente no lugar onde se reúne a comunidade. Tenhamos presente a experiencia dos discípulos de Emaús.
Tomé é também a imagem da Igreja que caminha no meio de dúvidas, de recusas, de altos e baixos, até chegar à confissão “Meu Senhor e meu Deus!" Contudo, a Igreja esta encarregada de exercer uma pedagogia da fé para todos os tempos. Tal significa que não pode nem deve ficar presa rigidamente ao passado, mas é convidada pelo Espírito e pelo povo a abrir-se à diversidade de carismas. A meta final é "Meu Senhor e meu Deus!", mas os ritmos e os caminhos são diferentes. A Igreja deve ter as portas abertas, sempre abertas, aos que buscam, perguntam, lutam, caminham penosamente. Uma busca dolorosa pode ser mais autêntica do que um estado de Ietargia. É preciso abrir caminhos para o Espírito do Ressuscitado actuar. Pode chamar-se a isto a nova evangelizarão, que a Missão 2010 pretende implementar.
(Folha Dominical da comunidade Paroquial de Espinho)