18 de fevereiro de 2024

I Domingo da Quaresma

 


Evangelho (Mc 1, 12-15) 

Naquele tempo, o Espírito Santo impeliu Jesus para o deserto. Jesus esteve no deserto quarenta dias e era tentado por Satanás. Vivia com os animais selvagens e os Anjos serviam-n’O. Depois de João ter sido preso, Jesus partiu para a Galileia e começou a pregar o Evangelho, dizendo: «Cumpriu-se o tempo e está próximo o reino de Deus. Arrependei-vos e acreditai no Evangelho». 


O Evangelho deste domingo divide-se em duas cenas: as tentações de Jesus no deserto e o resumo inicial da sua atividade na Galileia. O Espírito que desceu sobre Ele no batismo (Mc 1,9-11) impulsiona-o para um lugar isolado. Antes de cumprir a sua missão, Jesus é testado para ver se é capaz de obedecer e ser fiel ao Seu chamamento. Durante quarenta dias, é tentado por Satanás, vive entre animais e é servido pelos anjos. Evoca-se aqui o relato de Adão tentado pela serpente (Gn 3,1-21), embora Jesus saia vitorioso onde Adão falhou. A harmonia final com os animais reflete esta vitória e contrasta com a distorção no Éden provocada por Adão (Gn 2,19-20). Este triunfo confirma que Ele é o Filho de Deus e que agirá como seu enviado. Jesus pode começar a exercer poderosamente a sua função e proclamar a chegada do domínio real de Deus. A Sua pregação começa depois de João ter sido "entregue". Esta alusão está relacionada com a paixão de Jesus (14,11) e antecipa a reação dos fariseus e herodianos (3,6). Na Galileia, Jesus faz ouvir a Sua voz, aparecendo não como mais um profeta, mas como aquele em quem começa a tornar-se realidade o reino de Deus. A resposta exigida é a conversão e a fé. O significado destas atitudes será exemplificado no evangelho de Marcos através de diversos personagens, entre os quais se destacam os primeiros discípulos. A sua reação ao chamamento de Jesus, descrita nos versículos seguintes, reflete no que consiste esta conversão e esta fé por Ele pedida. 

Paróquia de Espinho 


Sem comentários:

Enviar um comentário