São Tomé foi um dos doze apóstolos de Jesus. Durante a
última Ceia perguntou a Jesus sobre o caminho que leva ao Pai, Jesus respondeu:
Eu sou o caminho, a verdade e a vida.
São Tomé era judeu de nascimento. Estava ausente no
momento em que Cristo reapareceu aos discípulos. Exigiu provas materiais da
ressurreição, por isso, Jesus ressurgiu e pediu-lhe que tocasse em suas chagas.
Carpinteiro de origem é frequentemente citado em passagens do Novo Testamento,
nos quatro evangelhos.
O Evangelho de São João dá-lhe grande destaque. João
cita que ele incitou os discípulos a seguir Jesus e a morrer com ele na Judeia
dizendo então aos discípulos: Vamos também nós, para morrermos com ele!
Perguntou a Jesus, durante a Última Ceia, sobre o caminho que conduz ao Pai:
"Senhor, não sabemos para onde vais. Como podemos conhecer o
caminho?" Diz-lhe Jesus: "Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém
vem ao Pai a não ser por mim".
São Tomé tinha temperamento audacioso e cheio de
generosidade, percorreu as etapas da fé e professou que Jesus era realmente
Deus e Senhor. Ausente na primeira aparição duvidou dos colegas que Jesus
tivesse voltado. Oito dias depois, achavam-se os discípulos, de novo, dentro de
casa, e o ascetista estava com eles. Jesus veio, estando as portas fechadas,
pôs-se no meio deles e disse: "A paz esteja convosco!".
E lhe disse depois: Põe teu dedo aqui e vê minhas
mãos! Estende tua mão e as coloca do meu lado e não sejas incrédulo, mas crê! O
apóstolo incrédulo respondeu "Meu Senhor e meu Deus!", tornando-se o
primeiro dos apóstolos a se dirigir a Jesus nestes termos. Ninguém até aquele
momento, nem mesmo Pedro e João, havia pronunciado a palavra Deus dirigindo-se
a Jesus.
Era o terceiro apóstolo em idade depois de Pedro, mas
ao contrário deste não era casado, assim como Bartolomeu, André, Simão, Judas e
o próprio Jesus. Segundo as escrituras foi em resposta a ele que Jesus introduziu
o mistério trinitário: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vai
ao Pai senão por mim. Se vocês me conhecem, conhecerão também meu Pai...".
Segundo o bispo Eusébio de Cesareia, do século IV, depois da morte de Jesus, o
discípulo evangelizou a Pátria e, pela tradição cristã posterior, estendeu seu
apostolado à Pérsia e à Índia, onde é reconhecido como fundador da Igreja dos
Cristãos Sírios Malabares ou Igreja dos Cristãos de São Tomé.
Consta que foi martirizado e morto pelo rei de
Milapura, na cidade indiana de Madras, onde ficam o monte São Tomé e a catedral
de mesmo nome, supostamente local de seu sepultamento. Historiadores acreditam
que o apóstolo foi morto a flechadas, quando orava. Sucumbiu como líder e
mártir, como o crente fiel que Jesus lhe pediu.
Suas relíquias foram venerados na Síria e, depois,
levadas para o Ocidente e preservadas em Ortona, na Itália. É festejado pelos
católicos em 3 de julho
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