A partir do capítulo 13 dos Atos dos Apóstolos,
começa uma nova etapa na vida da comunidade cristã. Até aqui, Lucas centrava os
acontecimentos em Pedro. Daqui em diante, Pedro vai desaparecendo
progressivamente da sua narração e surge Paulo que passa a estar em lugar de
destaque.
Paulo chamado o apóstolos dos gentios, percorreu
muitos lugares, conheceu muitas gentes, levou o Evangelho até aos confins do mundo.
As viagens de Paulo levaram-no a percorrer as
províncias romanas, numa época em que o império atingira quase a sua maior
extensão e tinha-se criado um estado pacífico e estável com os reinados dos
imperadores Augusto, Tibério e Cláudio.
Viajar no interior do Império era fácil e seguro,
graças ao sistema de estradas pavimentadas que ligavam as províncias e cidades
principais, bem como às diversas rotas marítimas. Toda esta mobilidade era
factor de desenvolvimento na zona mediterrânica. Paulo e os seus companheiros
viajaram muitas vezes por estrada e por mar, servindo-se destas vias romanas.
Segundo os Actos, Paulo contactava frequentemente com
os organismos de administração romana. Como cidadão romano manteve conversações
com altos funcionários do império, como Galião, o procônsul de Acaia; o
estadista e filosofo Séneca (At. 18);
Sérgio Paulo, o procônsul de Chipre (At 13); entre outros procuradores,
governadores de província e administradores locais.
Paulo levou o Evangelho principalmente às cidades de
língua grega do Mediterrâneo Oriental, e foi aí que o cristianismo se implantou
com mais êxito.
Antioquia será o ponto de partida para todas as grandes
viagens apostólicas de Paulo, e aí voltará sempre para dar acção de graças pela
expansão do Evangelho.
A Igreja chegou a Antioquia levada pelos judeus
helenistas depois da perseguição que levou à morte de Estêvão. Os helenistas
foram expulsos de Jerusalém e estabeleceram-se em Antioquia. Aí pregam e
convertem muitos gregos. A Igreja começava a crescer fora de Jerusalém. Este
crescimento chega até aos ouvidos dos apóstolos que decidem enviar Barnabé para
constatar a evangelização. Ele reconhece a obra de Deus e vai procurar Paulo a
Tarso para ambos animarem esta comunidade durante um ano.
Mas Barnabé e Paulo não ficaram por aqui, vão ser
protagonistas de uma etapa decisiva na expansão da Igreja através de uma missão
na Ásia Menor. E é o Espírito Santo que toma directamente a iniciativa.
(At.13,2) e os envia em missão. É Deus que age com eles. Durante uma vigília de oração, o Espírito
Santo pede à Igreja que envie Barnabé
Paulo em missão (v.2).
A cerimónia
da saída em missão é marcada por uma imposição colectiva das mãos. Toda a
comunidade se sente solidária com os missionários.
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