Os Atos contam muitas vezes as perseguições dos Apóstolos e
dos crentes de Jesus Cristo. A primeira teve lugar depois da cura do doente na
porta Formosa do Templo (At.4,1-31). A Segunda é evocada no texto, sobre o qual
nos debruçamos mais acima, (At.5, 17-42).
Mas Lucas não se limita a contar as perseguições, indica o
seu sentido e a sua eficácia.
- Os
Apóstolos são presos, não ficam lá. São libertados quer pela decisão do
tribunal (Sinédrio), quer por acontecimentos extraordinários, que Lucas
apresenta como intervenção do Anjo do Senhor (At.5,17-20; 12,7-10;
16,25-26).
- A
perseguição em vez de enfraquecer os apóstolos aumenta a sua audácia. Ficam
felizes por terem sofrido por Jesus Cristo. Apesar de correrem o risco de serem
de novo presos, não desistem e continuam a anunciar a Boa Nova de Cristo.
- A
perseguição poderia ter provocado medo e diminuir o número dos crentes em Jesus
Cristo, mas Lucas mostra o contrário, o número aumentava cada vez mais (At.
5,14).
Os cristãos aos quais Lucas se dirige, por volta do ano 80,
já sofreram ou ouviram falar de perseguições pelas autoridades judaicas e
romanas. A narração de Lucas fá-los ganhar coragem para enfrentar novas
perseguições e continuarem cada vez mais audazes a «ensinar e anunciar a Boa
Nova de Jesus Cristo».
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