Depois
da primeira missão de Paulo, nada volta a ser igual. Não mais se tratava de
conversões individuais de pagãos (como aconteceu com o eunuco etíope,
Act.8,26-40, ou como no do centurião Cornélio At.10,11-18), mas o de saber
qual o lugar a dar na Igreja a todas as comunidades.
Depois
de Paulo e Barnabé terem regressado da primeira viagem missionária surgiram
problemas entre os cristãos. Alguns cristãos judeus vindos da Judeia chegam a
Antioquia e começaram a pregar a necessidade da circuncisão, obrigando Paulo e
Barnabé a irem a Jerusalém para resolver o problema com a Igreja, então
chefiada pelo Apostolo Tiago (At.15,1-21).
Este
relato de Lucas é escrito cerca de 25 anos após a
reunião de Jerusalém.
Lucas
apresenta-nos de forma solene esta assembleia onde na confrontação, na escuta e
no silêncio a decisão crucial é tomada.
Mas,
o debate, caloroso, como acontece e, todas as questões referentes à identidade
profunda das pessoas, conheceu várias fases em Antioquia e em Jerusalém
(At.15,1-29; Gal. 2,1-10). Os partidários da circuncisão parecem ter-se
dividido: Para uns, era indispensável, para outros, um aperfeiçoamento para o
baptismo.
Lucas
esclarece-nos em Act 15; Paulo explica o seu ponto de vista na sua carta Gal
2,1-10.
Lucas
mostra-nos como amadureceu na Igreja uma solução conciliadora; Paulo
conservou-nos melhor a atmosfera de tensão que foi a de uma assembleia decisiva
para o futuro da Igreja.
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