A seguir ao domingo de Páscoa a Igreja vive o Tempo
Pascal; são sete semanas em que celebra a presença de Jesus Cristo Ressuscitado
entre os Apóstolos, dando-lhes as suas últimas instruções (At1,2). Quarenta
dias depois da Ressurreição Jesus teve a sua Ascensão ao Céu, e ao final dos 49
dias enviou o Espírito Santo sobre a Igreja reunida no Cenáculo com a Virgem
Maria. É o coroamento da Páscoa. O Espírito Santo dado à Igreja é o grande dom
do Cristo glorioso.
O Tempo Pascal compreende esses
cinquenta dias, vividos e celebrados “como um só dia
A primeira semana é a “oitava da
Páscoa”. Ela termina com o domingo da oitava, chamado “in albis”, porque nesse
dia os recém batizados tiravam as vestes brancas recebidas no dia do Batismo.
Este é o Tempo litúrgico mais forte de
todo o ano. É a Páscoa (passagem) de Cristo da morte à vida, a sua existência
definitiva e gloriosa. É a Páscoa também da Igreja, seu Corpo. No dia de
Pentecostes a Igreja é introduzida na “vida nova” do Reino de Deus. Daí para
frente o Espírito Santo guiará e assistirá a Igreja em sua missão de salvar o
mundo, até que o Senhor volte no Último Dia.
Nos primórdios, a Igreja começou a
celebrar as sete semanas do Tempo Pascal, para “prolongar a alegria da
Ressurreição” até a grande festa de Pentecostes. Esse tempo deve ser vivido na
expetativa da vinda do Espírito Santo; deve ser o tempo de um longo Cenáculo de
oração confiante.
Nestes cinquenta dias de Tempo Pascal,
e, de modo especial na Oitava da Páscoa, o Círio Pascal é aceso em todas as
celebrações, até o domingo de Pentecostes. Ele simboliza o Cristo ressuscitado
no meio da Igreja.
Os vários domingos do Tempo Pascal não
se chamam, por exemplo, “terceiro domingo depois da Páscoa”, mas “III domingo
de Páscoa”. As leituras da Palavra de Deus dos oito domingos deste Tempo na
Santa Missa estão voltados para a Ressurreição. A primeira leitura é sempre dos
Atos dos Apóstolos, as ações da Igreja primitiva, que no meio de perseguições
anunciou o Senhor ressuscitado e o seu Reino, com destemor e alegria.
A Igreja deseja que nos oito dias
de Páscoa (Oitava de Páscoa) vivamos o mesmo espírito do domingo da
Ressurreição, colhendo as mesmas graças. Assim, a Igreja prolonga a Páscoa, com
a intenção de que “o tempo especial de graças” que significa a Páscoa, se
estenda por oito dias, e o povo de Deus possa beber mais copiosamente, e por
mais tempo, as graças de Deus neste tempo favorável.
Mas, só pode se beneficiar dessas graças
abundantes e especiais, aqueles que têm sede, que conhecem, que acreditam, e
que pedem. É uma lei de Deus, quem não pede não recebe. E só recebe quem pede
com fé, esperança, confiança e humildade.
As mesmas graças e bênçãos da Páscoa que
se estendem até o final da Oitava.
(adap.Prof. Felipe Aquino)
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