26 de maio de 2007

Os apóstolos recebem o Espírito Santo



A primeira tarefa dos discípulos foi, simplesmente aguardar, assim lhes tinha ordenado Jesus, pois receberiam o Espírito Santo que lhes daria a força e a coragem para os ajudar na missão que lhes confiara. Na manhã do primeiro Pentecostes após a Ressurreição, estavam os discípulos reunidos com Maria, mãe de Jesus, subitamente todos ficaram repletos do Espírito Santo. Cada um deles escutou o som de um vento forte, viu línguas de fogo poisarem sobre si. Começaram a falar várias línguas, de forma que grande parte da multidão que tinha vindo a Jerusalém para celebrar o Pentecostes acorreu para os escutar, e todos eles os entendiam.


A descida do Espírito Santo sobre os Apóstolos permitiu-lhes falar "outras línguas" (Act.2.4), um fenómeno testemunhado pelos "judeus piedosos provenientes de todas as nações que há debaixo do céu" que se encontravam em Jerusalém. Tratou-se de um milagre de dicção (os Apóstolos a falarem línguas estrangeiras) ou de audição (eles falavam em aramaico, mas cada um compreendia no seu próprio dialecto)? Este fenómeno tem feito correr muita tinta. De todas as formas o que Lucas pretende fazer-nos compreender é: a confusão de línguas, em Babel (Gn.11), tornara os homens incapazes de se entenderem; o Espírito Santo concede agora à sua Igreja o poder de se fazerem compreender por todos os povos.

Em Babel não se compreendiam uns aos outros (Gn,11,7); no Pentecostes, «cada um os ouvia falar na sua língua»(Act.2,6).

1 comentário:

antonio disse...

Em Cristo temos a recapitulação da história da Salvação.

Episódios do Antigo Testamento ganham outra dimensão quando revisitados em Cristo.

Realmente o Pentecostes parece ser o fim do tempo de Babel: agora o homem, toda a humanidade, escuta numa só lingua (a sua) a Palavra da Salvação.

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